Bancários lançam Campanha Nacional 2009

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“Bancos Abusam – Cadê a Responsabilidade Social?”. Com esse mote, os bancários cearenses lançaram oficialmente na última sexta-feira, dia 21/8, a Campanha Salarial deste ano, com muita animação nas ruas do Centro de Fortaleza. O Sindicato dos Bancários do Ceará concentrou a categoria ao lado do Banco do Brasil, na Praça do Carmo e, em seguida, saiu em passeata, percorrendo as principais ruas do Centro, levando bandeiras, faixas, pirulitos, bandas de música mostrando suas reivindicações à sociedade em várias agências locais.


Além das faixas e cartazes, com uma alegoria representando os banqueiros dos bancos públicos e privados, o Sindicato mostrou que, mesmo com a crise financeira, o setor financeiro lidera os ganhos no primeiro semestre de 2009, respondendo por 23,5% do lucro total das 303 empresas de capital aberto do Brasil que já apresentaram seus balanços. Entre as palavras de ordem, destacaram-se os pedidos por responsabilidade social, que se faz com geração de empregos, melhores salários, redução das filas, queda dos juros e tarifas, mais segurança e condições dignas de trabalho.


Para o presidente do SEEB/CE, Marcos Saraiva “diante de um desempenho tão bom, fica claro para nós, bancários, que os bancos têm plenas condições de atender nossas reivindicações, que são: reajuste de 10%; PLR justa para todos; valorização dos pisos salariais; fim das metas abusivas e do assédio moral; Plano de Cargos para todos; garantia do emprego; fim das terceirizações; mais segurança nas agências, entre outras”.


Segundo ainda os dirigentes do Sindicato, enquanto os banqueiros contam suas fortunas, bancários e população sofrem dentro das agências. Bancários, com a pressão para cumprir metas absurdas e a ameaça do desemprego, e a sociedade com as filas intermináveis, fruto do não investimento dos bancos em seus quadros de pessoal.

     
     

Este ano, os bancários reivindicam


• Reajuste salarial de 10% (reposição da inflação mais aumento real);


• PLR de três salários mais R$ 3.850,00;


• Valorização dos pisos salariais;


• Fim das metas abusivas e do assédio moral;


• Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos;


• Contratação de remuneração total, inclusive a parte variável, com objetivo de acabar com as metas abusivas;


• Garantia de emprego;


• Fim das terceirizações;


• Ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT);


• Mais segurança nas agências;


• Auxílio-educação para todos;


• Ampliação da licença-maternidade para seis meses.