O Dia Nacional de Lutas por Empregos e Direitos reuniu na quarta-feira, dia 28/1, dirigentes sindicais, militantes e trabalhadores de base, juntamente com as Centrais Sindicais – CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB – e Movimentos Sociais em ato público e panfletagem em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Ceará (SRTE-CE), no Centro de Fortaleza.
Bancários do Ceará, representados pelo Sindicato da categoria, participaram do ato, brigando contra essas propostas de revisão de direitos. Esse não é o projeto que foi para o debate nacional nas eleições do ano passado. As medidas provisórias 664 e 665 são rebaixamento de direitos e vão contra a expectativa do diálogo para avançar.
Emprego é um tema importante, especialmente para os trabalhadores do Ramo Financeiro, o setor que mais lucra no País. A abertura do capital da Caixa Econômica Federal também esteve no debate do Dia de Luta.
Segundo Carlos Eduardo Bezerra, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, nos bancos o quadro de emprego é extremamente grave, pois foram eliminados, em 2014, cinco mil postos de trabalho, apesar do lucro alto. O dirigente sindical disse ainda que “não é razoável, nem aceitável a abertura do capital da Caixa, uma empresa 100% pública com 154 anos de existência, principal responsável pelas políticas de financiamento imobiliário das camadas populares, que detêm o banco de dados do FGTS, que sempre foi atrativo para os bancos privados, que atende o seguro desemprego, que atende o Bolsa Família. Os bancários entendem que a abertura do capital da Caixa representa retrocesso na condução da política pública.
Além disso, a Caixa vai concorrer com o Banco do Brasil na mesma situação. Portanto, abrir o capital da Caixa significa a privatização ou fim de um dos dois bancos. A categoria defende “mais empregos e mais direitos”.
“Nós percebemos claramente que a tentativa do governo não fica restrita apenas à retirada de direitos com as medidas provisórias. mas fica mais ampla com a proposta de abertura do capital da Caixa, que representa um ataque às conquistas sociais dos trabalhadores deste País. Temos que combater qualquer governo, qualquer proposta que retire direito dos trabalhadores”
Carlos Eduardo Bezerra, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará