Bancários protestam para salvar a Cassi

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Os sindicatos filiados à Contraf-CUT promovem dia 30/1 atividades de protesto em todo o País para pressionar o BB a avançar nas negociações sobre a Cassi. No mesmo dia, os representantes dos funcionários reúnem-se com a direção do Banco do Brasil para novamente encontrar uma solução para os problemas econômicos da entidade.

“É muito importante que todos os sindicatos realizem atividades porque já estamos negociando com o banco há mais de dois anos e até agora não avançamos. Com isso, os problemas financeiros só se agravaram e não temos muito mais tempo para ficar discutindo com o BB. Por isso, a pressão é importante e os sindicatos devem jogar peso nas atividades desse dia”, afirmou Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

Depois de muitas idas e vindas nas negociações, no último dia 4/1, os representantes dos bancários entregaram uma nova proposta para o banco. Entre os principais pontos está a imediata regularização do percentual de recolhimento da contribuição patronal sobre o salário dos funcionários admitidos a partir de 1998, conforme o parágrafo único do artigo 21 do estatuto da Cassi. Os bancários também querem a quitação dos valores não vertidos.

Outro ponto importante é a assunção pelo Banco do Brasil do déficit operacional dos dependentes indiretos. Os associados também cederam na questão da instituição do fator moderador em exames laboratoriais e radiológicos, mas querem que sejam respeitados os aspectos técnicos e o pagamento seja limitado a 1/24 avos do salário bruto, com incidência única. Sem soluções, como essas apresentadas pelos bancários, a Cassi já acumula um déficit operacional de R$ 95 milhões, conforme dados atualizados em outubro passado.

“Se o Banco do Brasil não avançar estamos organizando e mobilizando para uma paralisação geral em março. Nós cedemos e o banco tem que fazer sua parte”, conclui o diretor do Sindicato e funcionário do Banco do Brasil, Carlos Eduardo.