Bancários querem garantia dos empregos após venda

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Os dois bancos – Bradesco e HSBC – dizem que não haverá demissão em massa e reiteram a disposição de diálogo com o movimento sindical. Esse compromisso foi assumido pelos representantes dos bancos, garantindo a manutenção dos empregos e direitos dos trabalhadores, após aquisição do banco inglês, em reunião com representantes da Contraf-CUT, dos Sindicatos dos Bancários de São Paulo e de Curitiba e da Fetec-PR, na semana passada.


O encontro serviu para os dirigentes sindicais conhecerem detalhes da negociação, como o fato de o comando das operações só serem transferidos em janeiro de 2016. Até que saia a aprovação da venda, que pode durar até seis meses, a gestão será do HSBC e o compromisso dos dois bancos é de manter a transparência com os sindicatos e os trabalhadores. Em relação ao Bradesco, será cobrada a promessa de aproveitar da melhor forma todos os funcionários. O próximo passo é garantir as conquistas obtidas até agora.


Pelo HSBC, participaram do encontro Marino Rodilla, diretor de relações sindicais, e Juliano Marcilio, diretor de RH, e pelo Bradesco, André Cano, diretor executivo, e Glaucimar Peticov, do departamento de RH.


COEs defendem o emprego após venda – Os representantes das comissões de organizações dos funcionários (COE) do HSBC e do Bradesco se reuniram dia 5/8, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, para discutir os impactos do anúncio da aquisição do HSBC pelo Bradesco e a organização dos bancários a partir de agora. Segundo os coordenadores das COEs, o sentimento é de unidade, pois tem um longo caminho a percorrer.  E o emprego é prioridade. Será mapeado o que tem de diferente nos dois bancos para ser reivindicada a isonomia.  Vale lembrar que não são só os empregos do HSBC que estão em risco, mas todos.


“A atuação do movimento sindical é em defesa do emprego, tanto dos trabalhadores do HSBC como também do Bradesco. Estamos fortalecendo a luta e mobilizando os bancários nesse processo. Vamos atuar na defesa do emprego e continuar mobilizados”
Humberto Filho, diretor do Sindicato e funcionário do HSBC