Os bancários do Unibanco reuniram-se na semana passada, na sede da Contraf-CUT para organizar as demandas do ano e definir as prioridades a serem reivindicadas ao banco. Durante esses dois dias de planejamento, os integrantes da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Unibanco definiram que, entre os objetivos principais dos bancários, está a desvinculação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dos programas próprios do Unibanco.
A remuneração será o tema principal das negociações que ocorrerão com o Unibanco ao longo deste ano. A COE vai elaborar uma proposta para apresentar ao banco em que os programas próprios de remuneração estarão completamente desvinculados da PLR. No último dia 29/2, por exemplo, os bancários receberam um valor referente à distribuição nos lucros, mas ninguém soube dizer se os valores se referiam à PLR, à Remuneração por Resultados (RR) ou ao Programa de Remuneração do Unibanco (PRU).
Falta transparência e há diversos pontos negativos nesses programas que precisam ser solucionados. Os bancários querem receber os valores da PLR, da RR e do PRU separadamente, de preferência em semestres diferentes.
Outro tema que norteou a reunião da COE foi o auxílio-educação. Este ano, o Unibanco distribuiu 2 mil bolsas de estudo para seus empregados, mas havia mais de 6 mil inscrições. É preciso mudar os critérios do banco, pois muitos se inscreveram e não receberam o benefício. A COE não quer limite para o número de bolsas, e sim que todos os candidatos sejam atendidos. O Unibanco tem todas as condições para isso.
Outro problema com o auxílio-educação é que os candidatos que queriam estudar em faculdades cujos cursos têm dois anos de duração também não foram atendidos.
Saúde e condições de trabalho – Os bancários também vão reivindicar a isonomia de direitos entre os afastados e quem está na ativa. A proposta da Contraf-CUT é criar com o Unibanco uma comissão de negociação específica sobre saúde e condições de trabalho para que todas essas questões sejam debatidas separadamente.