BANCÁRIOS REAFIRMAM LUTA CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DOS BANCOS PÚBLICOS

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Refletir sobre os processos de desmonte do patrimônio público em andamento no Brasil e a importância dos bancos públicos para assegurar a soberania nacional e um país mais justo e igualitário pautou o debate do seminário “O Brasil é nosso – Em defesa dos bancos públicos e da soberania nacional”, realizado dia 29/10, em Brasília. A 21ª Conferência Nacional dos Bancários, ocorrida no início de agosto, em São Paulo, definiu a defesa da soberania nacional como um dos eixos prioritários de autuação da categoria.


Promovido pela Contraf/CUT e pela Fenae, o evento reuniu economistas, lideranças sindicais, parlamentares e dirigentes de entidades representativas dos trabalhadores da Caixa, Banco do Brasil e bancos regionais. Para os participantes do seminário, a política ultraliberal do governo Bolsonaro ataca por todos os lados o patrimônio brasileiro e promove a retirada de direitos dos trabalhadores.


A presidenta da Contraf/CUT, Juvandia Moreira, lembrou que os bancos públicos são ferramentas que tem ajudado e podem continuar contribuindo para o desenvolvimento econômico e geração de renda. Segundo a dirigente, essas instituições promovem o desenvolvimento regional de forma igualitária, reforçando a soberania nacional. Para o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, o país atravessa um momento difícil, marcado por um retrocesso. Por isso é necessária uma postura de enfrentamento contra uma gestão que desestrutura o estado democrático e retira direitos dos cidadãos que mais precisam de oportunidades.


A abertura do seminário contou com a participação das deputadas federais Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Erika Kokay (PT-DF), dos deputados federais Daniel Almeida (PC do B-BA), Zé Carlos (PT-MA) e Alexandre Padilha (PT-SP), e do senador Jaques Wagner (PT-BA).


MANIFESTO – No encerramento do seminário, os conselheiros dos bancos públicos eleitos pelos trabalhadores divulgaram manifesto repudiando o direcionamento político e econômico do atual governo, que tem resultado no desmonte do patrimônio público brasileiro. No manifesto, os conselheiros eleitos afirmam que para se ter um país mais justo e inclusivo é preciso ter bancos públicos fortes. O documento também destaca que os bancos públicos implementam políticas públicas de forma mais eficiente e barata. “Os bancos públicos sempre exerceram um preponderante papel na economia do país, atuando de forma decisiva no desenvolvimento econômico social”, ressalta a nota. O documento foi assinado por Rita Serrano (conselheira Caixa); Débora Fonseca (BB), Willian Saab (BNDES), Inálio Vieira Cruz (Basa) e Rheberny Oliveira (BNB).