BANCÁRIOS REFORÇAM LUTA EM DEFESA DAS ESTATAIS E DA SOBERANIA

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Uma multidão foi às ruas de Brasília, dia 30/10, para protestar contra a política econômica do governo Bolsonaro. Com cartazes e palavras de ordem, num ato pacífico, trabalhadores de bancos e empresas públicas se somaram a diversos movimentos sociais para dar o recado: Não mexam nos bancos públicos e nas empresas públicas!


Durante a manifestação, a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, enfatizou a importância da luta em defesa do patrimônio público. Segundo ela, o governo está entregando as estatais, desmontando o serviço público, como a educação e a saúde. Juvandia alertou ainda sobre a situação de grande parte dos trabalhadores no país. “O Brasil possui mais de 12 milhões de desempregados e tem quase 28 milhões de pessoas que estão em subemprego, no desalento, precarizados. Não podemos permitir que entreguem as estatais, tudo isso vai causar prejuízo para população brasileira. Por isso, queremos emprego e renda”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT.  Os bancários do Ceará também estiveram presentes na manifestação representados pelos diretores do Sindicato, José Eduardo Marinho, Áureo Júnior e Marcos Saraiva, além do secretário-geral da Contraf-CUT e ex-diretor do SEEB/CE, Gustavo Tabatinga.


De acordo com o presidente da CUT Nacional, Sérgio Nobre, o governo desrespeita a população quando propõe a privatização das empresas públicas e dos bancos públicos. “As estatais brasileiras são patrimônio do povo e instrumentos de desenvolvimento do nosso país e nós não podemos permitir que, de maneira nenhuma, eles vendam as estatais”, disse.


Para a deputada federal Erika Kokay, que é bancária, “o país pensado por Jair Bolsonaro é um país onde não cabe o povo brasileiro. O povo está excluído do orçamento e de qualquer tipo de programa e de desenvolvimento nacional. Esse país é um país que entrega as nossas riquezas para outros países, abre mão dos seus instrumentos estratégicos, como os bancos públicos, a energia e o petróleo”, afirmou.


Durante o ato foi distribuída uma carta à população explicando os motivos da mobilização. “Temos um governo que assiste e promove a destruição do país. O ano iniciou com mais um crime da Vale, matando 251 trabalhadores em Brumadinho e vemos, até agora, a inércia do Estado na responsabilização e punição dos envolvidos. Assistimos, depois, a escalada criminosa das queimadas na Amazônia e, agora, o óleo que mancha e polui o litoral do Nordeste sem que o presidente Bolsonaro se digne sequer a visitar a área. É sempre o lucro acima da vida”, diz um trecho do documento.