Bancários reivindicam: mais segurança nas agências é BRA!

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A Campanha de Valorização dos Funcionários do Bradesco segue firme e forte sem se esquecer de um tema caro aos bancários, sobretudo os que trabalham em agências: a segurança. Os bancários cobram do banco a instalação de dispositivos de segurança em todas as agências e postos de atendimento avançado, como biombos e divisórias para isolar do público as áreas dos caixas e caixas eletrônicos, e portas giratórias com detector de metais, tanto na Capital como no Interior.


Em Fortaleza, por conta do Estatuto de Segurança Bancária ou Lei Municipal nº 9.910 de 2012, criado a partir de proposta do Sindicato dos Bancários do Ceará à Câmara de Vereadores, com pesadas multas, o Bradesco tem esses dispositivos de segurança em todas suas unidades. No entanto, esse mesmo investimento não é feito nas agências do Interior do Estado.


O banco deve investir na criação de um ambiente seguro e confortável para os trabalhadores e para a população que frequenta o banco. E deve também garantir que os bancários não transportem numerário de forma alguma, nem portem chaves, acionadores de alarmes, entre outros.


CAT – Outra questão que aflige os bancários é a recusa do banco em fornecer a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) quando uma agência é assaltada ou sofre uma tentativa. A CAT tem a finalidade de reconhecer um acidente de trabalho – como é o caso de um assalto –, ou de uma doença ocupacional. O documento é importante para que o INSS reconheça o nexo técnico, ou seja, que uma eventual doença ocasionada pelo trauma – como uma síndrome do pânico, comum em vítimas de roubos – tenha sido originada no desempenho das funções laborais.  A emissão da CAT é obrigação do empregador.


Pouco investimento – Apesar dos lucros bilionários, os bancos investem pouco na segurança. Segundo dados do Dieese com base nos balanços das próprias instituições, Itaú, BB, Bradesco, Caixa e Santander apresentaram lucros de R$ 60,3 bilhões em 2014. Já as despesas com segurança e vigilância somaram R$ 3,7 bilhões, o que representa média de 6,1% em comparação com os lucros obtidos.


“Um banco que bate recordes de lucro a cada semestre, tem toda condição de oferecer um ambiente seguro a seus trabalhadores. Essa é uma das nossas propostas de reivindicação na Campanha 2015 e todos os bancários devem lutar para torná-la realidade”

Gabriel Motta, diretor do Sindicato e funcionário do Bradesco