Bancários repudiam descaso do banco com negociação

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A Comissão de Empresa dos Funcionários do Itaú Unibanco (COE) reuniu-se na quarta e quinta feira, 13 e 14/4, em São Paulo, com a presença de dirigentes sindicais representando as diversas federações e sindicatos de todo o País. Estava programado para a quinta-feira, 14, uma negociação com o banco onde na ocasião, dentre os vários pontos a serem discutidos, estava em pauta as demissões que estão sendo desencadeadas pelo banco em todas as regiões do País. Só que, para surpresa da Contraf-CUT, o banco suspendeu a negociação sem nenhuma justificativa plausível, ficando caracterizado o descaso do banco para com o processo de negociação.


“Essa atitude é uma demonstração de que o banco não quer discutir os pontos elencados pelos funcionários, como o reajuste abusivo do convênio médico, o combate ao assédio moral, o fim da precarização das condições de trabalho, demissões, entre outros”, condena o representante da COE Itaú na FETEC/NE e diretor do Sindicato, Ribamar Pacheco.


Durante a reunião da COE, os bancários voltaram a discutir o reajuste de até 24,61% do convênio médico efetuado na folha de pagamento de março sem qualquer comunicação prévia aos trabalhadores, nem a devida extratificação da sinistralidade dos participantes.

FIM DAS DEMISSÕES – Os bancários trataram também das demissões de caixas e gerentes operacionais que estão ocorrendo em diversas regiões do País, inclusive em Fortaleza. Na mesma linha, foi discutida a falta de funcionários nas agências, que leva à sobrecarga e precarização das condições de trabalho em todo o País. Segundo o diretor Ribamar Pacheco, o movimento sindical irá exigir do banco o agendamento urgente de uma nova negociação.


A Contraf-CUT denuncia que a eliminação dos empregos ocorre mesmo com o compromisso assumido pelo banco após a aquisição do Unibanco de que não haveria demissões no processo de fusão.


“Como se não bastasse a quebra da palavra empenhada, a dispensa de trabalhadores acontece depois que a instituição atingiu em 2010 o lucro recorde de R$ 13,3 bilhões, o maior da história dos bancos brasileiros”, afirma o funcionário do Itaú e presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.