Bancários repudiam violência usada pela PM contra os vigilantes

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Era mais um dia de manifestação da greve dos vigilantes no Ceará. Os trabalhadores faziam um ato pacífico em frente à agência do Banco do Brasil, quando por volta das 11h, um batalhão da tropa de choque chegou com bombas e cassetes para dispersar o piquete. Não houve negociação, nem a diálogo, a ordem foi desocupar.

Resultado da truculência: oito pessoas feridas, um sindicalista foi detido e houve muita confusão e correria no Centro de Fortaleza.

O presidente do Sindicato dos Vigilantes, Geraldo Cunha, foi atingido na nuca por uma bala de borracha. Outro tentando defender os companheiros da agressão dos policiais, tentou pegar com a mão uma bomba jogada contra os manifestantes. O artefato estourou e o sindicalista foi levado ás pressas para o pronto socorro mais próximo. Um trabalhador foi atingido na cabeça por uma bala de borracha e desmaiou. Uma bomba de estilhaço atingiu outro sindicalista. O cenário foi de pânico e muita correria.

A CUT e o Sindicato dos Vigilantes repudiam a maneira arbitrária com que um ato pacífico de trabalhadores reivindicando direitos foi dispersada. No momento em que a tropa de choque avançava sobre os trabalhadores o presidente do Sindicato pediu para que todos colocassem as mãos para trás para mostrar que o ato era pacífico. De nada adiantou. O que se viu em seguida foram cenas de extrema brutalidade.
Solidariedade dos bancários – O Sindicato dos Bancários do Ceará lançou um manifesto durante o Seminário de Planejamento Estratégico da diretoria, em solidariedade aos vigilantes que foram agredidos pela PM do Ceará. Os bancários repudiam essa atitude arbitrária e truculenta da Polícia a trabalhadores reivindicando direitos.