Bancários se unem a outras categorias em defesa das estatais contra privatização

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Bancários, petroleiros, portuários, servidores estaduais, com apoio das centrais CUT e CTB, foram às ruas no dia 3/2 para protestar contra o Projeto de Lei 555/2015, do Senado, bem como alertar a população sobre os riscos da privatização de empresas públicas, prevista nesse projeto.


O ato fez parte do Dia Nacional de Luta em Defesa das Empresas Públicas, iniciativa do Comitê Estadual em Defesa das Empresas Públicas, criado pelas entidades Sindicato dos Bancários do Ceará,  CUT, CTB, Contraf, Fenae, FUP, Mova-se e Sindicato dos Petroleiros  do Ceará e Piauí, para denunciar à sociedade os riscos do PLS 555, na pauta do Senado.


Pela manhã, a concentração das lideranças sindicais e dos movimentos sociais, na luta contra o retrocesso, teve início no Edifício Sede da Caixa Econômica Federal, no Centro de Fortaleza, saindo em caminhada até a agência da Caixa, na Praça do Ferreira. No mesmo dia, a partir das 16 horas, a concentração dos representantes dos trabalhadores de empresas públicas federais, estaduais e municipais foi no Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante.


Pressão e mobilização dos trabalhadores adia votação do PLS 555


Após pressão e mobilização dos trabalhadores no Dia Nacional de Luta em Defesa das Empresas Públicas, somado às ações realizadas desde o início do mês, resultou em novo adiamento da votação do PLS 555, que coloca em risco as empresas públicas brasileiras. A pressão sobre os parlamentares surtiu efeito, mas a ameaça continua e o projeto volta à pauta dia 16. “Mais um “round” vencido, mas a batalha prossegue. Precisamos continuar mobilizados”, avalia o presidente do SEEB/CE, Carlos Eduardo Bezerra.


Proposta privatista – O Projeto de Lei 555/2015, do Senado tem o objetivo de abrir o capital das empresas públicas e entregá-las ao capital privado. A proposta desse projeto é uma grande ameaça, pois prevê que empresas como Caixa Econômica Federal, Correios, Petrobrás (a riqueza do pré-sal seria entregue à iniciativa privada), BNDES e outras empresas públicas teriam de ser transformadas em Sociedades Anônimas (S.A.), com ações negociadas na Bolsa de Valores, abrindo caminho para a privatização. A proposta é de autoria do senador Tasso Jereissati (PSDB/CE), com contribuições dos senadores Aécio Neves e José Serra.