Banco ainda não cumpre cota de 5% de pessoas com deficiência

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O Santander confessou que não está cumprindo a legislação que prevê a cota de 5% de pessoas com deficiência (PCD) no quadro de empregados. A afirmação foi feita durante reunião específica com a Contraf-CUT, Sindicato dos Bancários de São Paulo, Fetec-SP e Afubesp, ocorrida no dia 10/6, em São Paulo. O encontro havia sido agendado no Comitê de Relações Trabalhistas (CRT). As entidades cobraram o respeito à legislação, como forma de inclusão social das pessoas com deficiência. O banco espanhol alegou que, apesar dos seus esforços, não está conseguindo contratar o número suficiente de trabalhadores e colocou o e-mail diversidade@santander.com.br à disposição dos interessados para receber pedidos de emprego e currículos.


Conforme a representante do Santander, os temas priorizados são: questões raciais, questões de gênero, pessoas com deficiência, diversidade etária (jovem aprendiz e pessoas com mais de 45 anos) e diversidade sexual. Para discutir cada uma dessas áreas, o banco possui grupos de diálogo, formando um Comitê de Diversidade que elabora propostas para apreciação do Comitê Executivo. Os dirigentes sindicais reivindicaram participação. O banco ficou de avaliar a proposta.

QUESTIONAMENTOS – Após a apresentação, os dirigentes sindicais salientaram a importância de valorizar a diversidade e recordaram que os programas implantados pelos bancos são frutos da mobilização das entidades sindicais pela igualdade de oportunidades. Para o empregado do Santander e diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará, Eugênio Silva, “ a abertura de um canal de negociação para discutir os problemas dos bancários com deficiência é um avanço. Esperamos que na próxima reunião o banco atenda as reivindicações, só assim eles trabalharão com tranquilidade na execução de suas rotinas”.

PROBLEMAS E REIVINDICAÇÕES – Os dirigentes sindicais ainda discutiram com o banco os problemas e as reivindicações específicas, aprovadas em encontro de funcionários com deficiência, em São Paulo. Uma das demandas é a concessão de um auxílio para transporte e estacionamento aos funcionários com deficiência, pois muitos estão impossibilitados de utilizar o transporte coletivo. O banco ficou de estudar essa proposta.