Banco apresenta proposta de PCS, mas depende de aprovação do DEST

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A rodada de negociação da mesa permanente entre Contraf-CUT e Caixa Econômica Federal aconteceu na terça-feira, 8/3. O tema principal do encontro foi a apresentação da proposta do banco para a unificação de tabela do Plano de Cargos e Salários (PCS). A proposta será agora levada ao DEST (órgão do governo federal controlador das empresas estatais) para aprovação e depois será debatida pelos trabalhadores.


O banco divulgou os parâmetros de sua proposta, a maioria deles em concordância com o acordado na Campanha Nacional dos Bancários de 2007. O piso proposto é de R$ 1.244, equivalente à referência 101 do PCS-98, enquanto o teto é de R$ 3.700 – contemplando o valor da Referência 95, as VPs Salário Padrão (que corresponde a 1/3 da tabela de 1989) e Tempo de Serviço (que corresponde a 1/12 sobre o valor da tabela), e o impacto percentual dos R$ 30 pagos na Campanha de 2004 aos empregados que ganhavam até R$ 1.500. Pela proposta, os empregados que, em 2004 recebiam mais de R$ 1.500, ao optarem pela nova tabela, receberão um valor linear de R$ 30 para ajustar o valor do salário.


O sistema de migração se daria por aproximação, também de acordo com o negociado na Campanha 2007. A proposta prevê uma tabela com 72 níveis salariais, o que resulta em um interstício linear de 1,55% (diferença entre uma referência e outra). A primeira referência seria a 201 e a última a 272, com uma amplitude (diferença entre piso e teto) de 197,4%. A proposta precisa agora ser aprovada pelo DEST, que tem poder para não aceitar as mudanças. O Comando Na-cional dos Bancários reúne-se no dia 15/4 e discute a realização de uma plenária nacional em maio para debater a proposta de PCS da Caixa.

Foto: Renato Coelho/Fenae
“Essa proposta é muito ruim, precisa ser melhor discutida com a categoria. Não concordamos com a obrigatoriedade de adesão ao novo plano da FUNCEF”, disse Marcos Saraiva, presidente do SEEB/CE, que esteve presente na reunião