A audiência de conciliação realizada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, para tratar da greve dos profissionais da Caixa, no último dia 5/6, terminou novamente com um impasse entre os empregados e o banco. Mesmo com a audiência para tratar do Dissídio de Greve encerrada, o vice-presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen, insistiu na conciliação e sugeriu nova reunião de negociação, marcada para a próxima quarta-feira, dia 10/6, às 10h, em Brasília.
Apesar do agendamento desta nova audiência, o ministro decidiu ainda encerrar a fase de instrução e encaminhar o dissídio para julgamento.
Em nova negociação entre a Contraf-CUT e a Caixa Econômica Federal, ocorrida dia 3/6, o banco apresentou uma proposta pior do que a anterior e frustrou mais uma vez as expectativas dos empregados da carreira profissional. Os arquitetos, advogados, engenheiros e demais profissionais estão em greve desde o dia 28 de abril.
Durante a negociação, a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa da Contraf-CUT (CEE Caixa) insistiu com o banco a respeito do abono dos dias parados. A empresa, no entanto, foi irredutível em não aceitar o abono ou sequer compensação da greve, ficando de considerar no máximo o parcelamento do desconto. O banco afirmou ainda que está será a última negociação a respeito do tema.
A CEE Caixa manifestou-se contra a proposta, que considera pior do que a anterior. Em assembléia realizada na última sexta-feira, dia 5/6, os profissionais da Caixa no Ceará deliberaram pela continuidade da greve e marcaram nova assembléia para o próximo dia 10/6, ao meio dia, no edifício sede da Caixa.
VEJA OS PRINCIPAIS PONTOS DA PROPOSTA:
• Tabela com salário inicial de R$ 6.199,00 e final de R$ 8.704,00.
• Mantém a migração das tabelas atuais para a nova por aproximação salarial.
• Ainda na migração, mantém as mesmas condicionantes impostas pelo banco na discussão do PCS dos bancários, realizada em 2008 (não ter ações colidentes, não estar no Reg-Replan não saldado).
• O banco retira a proposta de reenquadramento apresentada anteriormente, que garantia aos trabalhadores dois deltas por ano de Caixa.
• O pagamento das diferenças retroage a primeiro de janeiro deste ano.
• O banco não abre mão do desconto dos dias parados na greve.