BANCO CENTRAL VAI SER COMANDADO POR EXECUTIVO DO SANTANDER

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O executivo do Santander, Roberto Campos Neto, foi indicado pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, para presidir o Banco Central. Sai executivo do Itaú e entra um executivo do Santander. O dono da bola do sistema financeiro continuará ditando as regras do jogo. Campos Neto é um dos nomes que aparece na investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) chamada Bahamas Leaks, uma lista de empresários e banqueiros brasileiros com registros de empresas offshores naquele paraíso fiscal, e divulgada no Brasil pelo jornalista Fernando Rodrigues.


São atribuições do Banco Central fiscalizar o funcionamento das instituições financeiras; elaborar políticas de controle da inflação; realizar operações de compra e venda de títulos públicos federais; receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições financeiras; realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras; regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis; exercer o controle de crédito, dentre outras.


Tramita no Congresso Nacional projeto de lei que prevê autonomia do Banco Central, com mandato fixo para o presidente e diretores da instituição, não coincidente com o do presidente da República (PLP 32/03). Com isso, o presidente do Banco Central não será mais subordinado ao presidente da República.


Como consequência, uma dívida que era de US$ 4,3 bilhões saltou para mais de US$ 70 bilhões. Para enfrentar a situação o governo norte-americano, que controla a ilha, formou uma junta composta também por ex-diretores do Santander que impôs à população uma política de corte nas políticas públicas e sociais, o que agravou ainda mais a situação calamitosa do país, inclusive com fechamento de escolas e hospitais. Tudo isso para pagar juros de uma dívida da qual um dos principais credores é o Santander.