Banco deve implantar login único e Contraf/CUT cobra fim da extrapolação de jornada

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Uma antiga reivindicação do movimento nacional dos empregados da Caixa Econômica Federal, a adoção de login único para acesso aos sistemas corporativos, começa a sair do papel. É que na segunda-feira, dia 26/3, há a previsão de que esse dispositivo esteja finalmente disponível no âmbito do Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon), conforme anúncio feito pelo banco na quarta-feira (21/3), em Brasília, durante rodada da mesa de negociação permanente com a (Contraf/CUT).


O banco também assumiu o compromisso de corrigir qualquer irregularidade que for identificada no reloginho do Sipon, ao mesmo tempo que se negou a atender a reivindicação dos empregados de extinguir o registro de horas negativas, além do bloqueio de acesso motivado pela falta de homologação do gestor ou decorrente de hora extra não acordada.


Na reunião com os representantes do banco, a Contraf/CUT – CEE/Caixa denunciou casos de atividades em algumas áreas que não são registradas no sistema. Essas situações têm levado a que empregados extrapolem com frequência a jornada de trabalho, sem o registro correto, até em finais de semana. A Caixa ficou de apurar essas denúncias.


Ficou agendada ainda para os dias 3 e 4/4 a reunião do GT Sipon, com participação paritária de representantes dos trabalhadores e da empresa.

PSI – A Caixa apresentou uma proposta de formatação do PSI, com base em quatro modelagens: específico, simplificado, banco de oportunidades e banco de sucessão. E revelou, no entanto, que o processo de recrutamento está voltado apenas aos empregados cadastrados e com os seus nomes publicados. A Contraf/CUT – CEE/Caixa deixou claro, por outro lado, que os PSIs hoje existentes apresentam vários problemas. Uma das situações mais recorrentes é a de gestores que discriminam empregados, sobretudo os mais antigos. Há ainda uma política nociva de estímulo para a disputa entre gerações, numa espécie de processos seletivos direcionados. A representação nacional dos empregados reivindicou ainda, em relação ao preenchimento dos cargos comissionados, o respeito a uma seleção com critérios objetivos e o fim do prazo de cinco anos para a pontuação. A Contraf/CUT – CEE/Caixa defende a adoção de critérios universais para o PSI, para possibilitar que todos os empregados possam dele participar. O banco ficou de analisar a viabilidade dessa reivindicação.

Funcef – A Contraf/CUT – CEE/Caixa voltou a solicitar, em caráter de urgência, uma solução para o problema relacionado ao contencioso jurídico na Funcef. Foi lembrado, por exemplo, que a Fundação responde hoje por mais de 17 mil ações judiciais, a maioria delas de cunho eminentemente trabalhista, decorrendo, sobretudo, de medidas unilaterais da patrocinadora, sem consulta aos participantes ou até aos órgãos de gestão da Funcef. A Caixa esclareceu que o assunto vem sendo alvo de estudo por parte de um grupo técnico, formado por representantes do banco e da Fundação.

Saúde Caixa – Houve o debate sobre a necessidade da Caixa levar adiante o processo de adequação do Saúde Caixa ao rol de procedimentos mínimos da lei 9.566. O prazo dado pela Associação Nacional de Saúde (ANS) expira em agosto deste ano. A necessidade de ser apresentada proposta de revisão do sistema de custeio também foi debatida.

CCV específica para a 7ª e 8ª hora – A Caixa apresentou uma minuta aos representantes dos empregados. A proposta prevê um termo aditivo às Comissões de Conciliação Voluntárias (CCV) já existentes.

Descomissionamento de caixas – Brasil afora, segundo denúncias apresentadas na mesa de negociação permanente, a Caixa vem instalando uma espécie de “Big Brother” nas agências, baseado no controle de atendimento de caixas. Esse processo já vem causando descomissionamento, o que caracteriza uma situação de assédio moral. O movimento nacional dos empregados considera equivocada a cobrança por metas individualizadas. Nesse particular, segundo a Contraf/CUT – CEE/Caixa, a única forma de evitar o ranking é não ter avaliação individual de empregado.

Compensadores – A Contraf/CUT – CEE/Caixa voltou a reivindicar que todos os empregados que trabalhavam na extinta área de compensação de cheques passem a ter o direito à incorporação do adicional noturno. A proposta da empresa é de que o beneficio seja usufruído apenas por aqueles com no mínimo 10 anos no exercício da função. A Caixa anunciou que, para ela, esse assunto está encerrado.