BANCO DO BRASIL NA MIRA!

67


Uma possível privatização do BB foi revelada em matéria do jornal Valor Econômico, dia 8/11, onde Paulo Guedes, futuro ministro da Economia do governo Bolsonaro, deixa claro sua intenção de vender o banco público, em entrevista ao site “Poder 360”, mesmo o presidente eleito ter dito que retirava o BB da lista das privatizações.


Mas esse fantasma paira desde o anúncio feito por Bolsonaro, ainda candidato, de que “das 140 e pouco estatais, acredito que mais de 100 dá para privatizar tranquilamente”, em entrevista na saída da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, como solução para os problemas econômicos e sociais do país. Essa ideia da venda das empresas públicas seria para fazer caixa e pagar a dívida do País.


O Banco do Brasil está na mira. Isso nos faz acreditar que o episódio da fusão do BB com maior banco americano, o Bank of America possa ser uma possível prospecção do interesse dos bancos internacionais na aquisição do banco brasileiro, ou um balão de ensaio para medir a reação da sociedade.


Ele esquece, porém, que o BB é o principal financiador do crédito agrícola e do comércio exterior, das pequenas e médias empresas, regulador das taxas de juros, além de grande investidor institucional.


O Banco do Brasil é um banco lucrativo, que fortalece o estado brasileiro, importante para o povo e para as políticas públicas, é o banco mais antigo do País, com 210 anos. O BB é uma instituição do estado brasileiro, não de um governo. É inaceitável desfazer-se de um patrimônio brasileiro dessa importância para resolver problemas de momento.


É importante para o país, um banco que completou 210 anos, no dia 12 de outubro, que ele faça mais 210 anos e continue sendo essa instituição forte, pujante, não é só para os mais de 98 mil funcionários e mais de cinco mil agencias. Um banco lucrativo, que chegou a R$ 3,4 bilhões no terceiro trimestre de 2018, um valor 25,6% maior se comparado ao terceiro trimestre de 2017, de R$ 2,7 bilhões.


Os números do BB revelam sua importância, quando a carteira de crédito ampliada do banco permaneceu praticamente estável no trimestre, atingindo R$ 686,3 bilhões, em setembro de 2018, uma elevação de 0,1% ante junho e 1,4% na comparação com setembro do ano passado. Segundo o balanço, a inadimplência do Banco do Brasil apresentou queda de 2,83% no terceiro trimestre do ano, ficando abaixo da média do mercado de 3%.


Finalmente, com a privatização do Banco do Brasil para onde vai a CASSI e a PREVI?


Carlos Eduardo, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará