BANCO DO BRASIL NÃO ACEITA NEGOCIAR NOVA SOLUÇÃO PARA A CASSI

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A Contraf-CUT e demais entidades de representação dos funcionários do Banco do Brasil se reuniram com o banco dia 25/9 para que o este esclarecesse sua posição com relação à solução para a situação da Cassi. Entretanto, o banco deu às entidades um sonoro e insensível ‘não’ à reivindicação dos associados de reabrir negociações para solucionar o déficit da Cassi.


Em resposta formal à Contraf-CUT, o banco afirmou que “não é viável a reabertura da mesa de negociação” porque os “limites e as premissas permanecem inalterados” em relação à proposta de maio, aprovada pela maioria dos associados, mas que não foi encaminhada devido à falta de quórum na votação. O banco ainda disse que as premissas e seus limites são aqueles divulgados nas rodadas de negociação anteriores. Ou seja, o banco só aceita arcar com os valores negociados no início do ano se forem cumpridas estas premissas e limites definidos pelos órgãos externos.


Na prática, isso quer dizer que o banco não aceitará novas propostas. Só aceita a possibilidade de avaliar a proposta anterior, que não atingiu o quórum de aprovação pelos associados em maio. Mas, se não houver consenso e ela for novamente recusada, disse que tem um ‘plano B’ para a falta da Cassi, que consiste na busca de uma solução no mercado para garantir a assistência à saúde dos funcionários.


Lembrando que a Cassi passa por um processo de intervenção e corre sérios riscos. No dia 22/10, a intervenção na Cassi completa 90 dias. Até lá, a diretora fiscal nomeada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai exigir que a diretoria da Caixa de Assistência apresente uma solução para o equilíbrio financeiro da instituição.


Desde maio, quando os associados não aprovaram a proposta negociada com o banco e colocada em votação, a Contraf-CUT e demais entidades de representação dos funcionários reivindicam a reabertura do processo de negociações para construir uma nova proposta que contemple as aspirações e interesses dos associados.


“Queremos que o BB volte a negociar porque isso é bom para os associados, para a Cassi, mas também para o banco. Por isso, defendemos a mesa de negociações. Nós, associados, somos parte da Cassi. Se ela precisa apresentar uma proposta de equacionamento do déficit para a ANS, é nossa tarefa construí-la”
José Eduardo Marinho, diretor do Sindicato e funcionário do BB