BANCO DO BRASIL SE RECUSA A DISCUTIR PROPOSTA DOS ASSOCIADOS

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O Banco do Brasil respondeu, dia 10/10, ao ofício enviado pela Contraf-CUT, o “Manifesto – proposta” de solução para a Caixa de Assistência dos Funcionários (Cassi), elaborado por um grupo de 26 pessoas que participaram do Encontro Nacional de Saúde dos Funcionários, ocorrido no dia 28/9. O banco se recusou a discutir sobre a proposta.


Em sua resposta, o banco disse que “resta prejudicada a análise da proposta” devido ao “exíguo tempo que dispomos para encaminhar uma solução definitiva para a Cassi, em função do procedimento de Direção Fiscal em andamento por parte da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Banco do Brasil só tem como analisar propostas que atendam às premissas e limites amplamente discutidos com as entidades representativas dos funcionários e aposentados ao longo deste ano de 2019”.


“O banco já havia informado que não aceitaria propostas que impliquem em alterações dos pontos já debatidos com as entidades de representação dos trabalhadores. Mas, daí a sequer aceitar a analisá-la é outra coisa”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.


A Contraf-CUT encaminhará a resposta do banco ao grupo que elaborou a proposta. Na última reunião do Conselho Deliberativo, os conselheiros, por unanimidade, definiram que a Diretoria Executiva e o corpo técnico da Cassi contribuam para que as entidades de representação dos funcionários construam uma solução para a situação da entidade. Em virtude do curto prazo para que se encontre a solução, as entidades de representação dos funcionários e a diretoria executiva da Cassi mantiveram reuniões anteriormente definidas, mesmo durante a análise da proposta criada pelo grupo de 26 funcionários.


A proposta do documento, tornado público pelos seus signatários, previa o aumento das contribuições dos associados da ativa e aposentados para 5,6% dos salários ou benefícios de aposentadoria. Propõe também o aumento das contribuições do patrocinador, o Banco do Brasil, dos atuais 4,5% para 8,4% dos salários do pessoal da ativa, mantendo os 4,5% sobre os benefícios previdenciários, acrescido de 3,9% a título de taxa de administração.


“É uma tarefa árdua. Principalmente porque o banco se mostra inflexível com relação às premissas já estabelecidas na proposta anterior. Não nos resta muito tempo, mas precisamos abrir o diálogo para superarmos as barreiras e encontrarmos a solução”
José Valdir Maciel, diretor do Sindicato e membro do Conselho de Usuários da Cassi