Banco faz dez anos de Brasil e bancários protestam

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Os bancários do HSBC realizaram no dia 26/3 uma série de protestos e paralisações para marcar os dez anos de atuação do banco no Brasil, quando o grupo inglês comprou o Bamerindus. Durante esse período, os funcionários tiveram perdas e superaram diversos obstáculos. Para os bancários, não há motivos para comemorações. Mesmo diante do empenho do banco em se tornar uma das melhores empresas para se trabalhar no País, persistem no HSBC casos de assédio moral, metas abusivas, necessidade de contratações e ameaça de demissões.

Durante esses dez anos, os funcionários do HSBC superaram alguns obstáculos: Diante de um “rombo” nas finanças, o banco emitiu comunicado responsabilizando os funcionários, incitando denúncias e aplicando novos controles internos; extinção da bolsa educacional em 1998, reconquistada junto ao Ministério Público em 2000; exigência de que funcionários utilizassem uniforme, sem custeio do banco aumento do número de demissões, estágio ilegal e assédio moral; investigação da vida pessoal de sindicalistas, seus familiares e ainda trabalhadores lesionados, utilizando escutas telefônicas e levantamento de dados confidenciais; não efetuou pagamento da segunda parcela da PLR em 2001; sindicatos protestaram diante da possibilidade do HSBC estender o horário de trabalho para os sábados, das 10h às 14h; horário estendido sem contratação.

Prioridades – A COE do HSBC realizou no final de março uma reunião de planejamento, quando estabeleceu as prioridades reivindicatórias dos funcionários para 2007. Dentre elas, a extinção dos centros de serviços; terceirização e precarização do trabalho; Cesta de Natal e 13º em ticket; ampliação da Bolsa Educacional; Plano de Cargos e Salários; melhorias no plano odontológico; compromisso de desenvolvimento profissional; situação dos funcionários temporários; fim do horário estendido e das demissões por inadimplência.