Banco não assina garantias contra a reforma trabalhista

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O Dia Nacional de Luta é fundamental para mostrar a mobilização e insatisfação dos trabalhadores com a intransigência do banco e do governo. Isso ficou claro durante a segunda reunião da mesa específica de negociação, realizada dia 20/7, em Brasília. Os principais pontos da pauta foram Nenhum direito a menos, Caixa 100% Pública e temas relacionados ao dia a dia dos trabalhadores.


Os representantes dos empregados cobraram o fim da discriminação de gênero, através do fim da possibilidade do descomissionamento de gestantes, além da manutenção da titularidade da função pelos empregados doentes na licença médica. Os empregados reivindicam também que a Caixa garanta ampla defesa nos processos disciplinares, não punindo os trabalhadores antes do fim do processo. Atualmente, o trabalhador que recorrer corre o risco de ter a pena piorada.


O movimento sindical cobrou o fortalecimento da negociação permanente e um debate com todos os seguimentos dos empregados da carreira administrativa e profissional, durante a mesa permanente da Contraf-CUT, que representa mais de 90% dos bancários. Ficou acordado de ser no fórum nacional. É importante lembrar que as conquistas foram conseguidas na mesa de negociação da Contraf-CUT. A exemplo do que foi feito sobre o fim do descomissionamento arbitrário, quando foram debatidos 12 pontos com os comissionados e os avaliadores de penhor, que foram representados na mesa por associação, e entregaram uma pauta especifica, que também foi discutida naquela ocasião.


Os empregados cobraram ainda garantia de um delta por ano por antiguidade dos empregados. A Caixa negou, no entanto, aceitou a manutenção do atual modelo, que cada dois anos garante um delta de antiguidade e todo ano a discussão da sistemática por mérito.


Sobre Nenhum direito a menos, a Caixa não aceita consignar nenhuma garantia contra as novas leis trabalhistas e disse que vai seguir a regra de PLR da Fenaban. Alegou também que não tem autorização do pagamento da PLR social.


A direção do banco informou ainda que o limite da soma da PLR está limitada pelo governo. A regra mencionada seria 25% do que for pago de dividendos no tesouro. Com base nos últimos anos, fica em 6,25 % do lucro líquido. A Caixa se colocou como responsável das condições de saúde do ambiente de trabalho. O banco garantiu que os dirigentes sindicais terão livre acesso aos locais de trabalho, que não será constituída comissão de representantes de empregados não vinculadas ao sindicato e não será limitada nem cerceada a liberdade de expressão dos sindicatos e dos trabalhadores.


Porém, não garantiu a abrangência que o Acordo Coletivo de Trabalho valha pra todos os empregados e não assinou o pré-acordo de ultratividade. Negou ainda o fim do Caixa Minuto.


Sobre a Caixa 100% Pública, o banco negou contratação em todos os itens.


Os empregados cobraram ainda o não fechamento de unidades, principalmente em cidades e bairros periféricos. A Caixa disse que o processo está suspenso. Os empregados cobraram a redução imediata das taxas de juros e das tarifas. A Caixa colocou que está seguindo a política e a taxa está ligada a necessidade do banco. Os empregados disseram, então, que a necessidade vai além do lucro imediato e sim, responsabilidade social com o país.


A CAIXA DISSE NÃO!


• Garantia de um delta por ano para promoção por antiguidade (permanece como está);


• Sem negociação sobre garantias contra as novas leis trabalhistas;


• Sem autorização do pagamento da PLR Social. Modelo de PLR: segue a Fenaban;


• Sem garantia de abrangência do Acordo Coletivo para todos;


• Não assinou o pré-acordo da ultratividade;


• Negou o fim do Caixa Minuto;


• Não negocia itens referentes à Caixa 100% Pública;


• Não negocia redução das taxas de juros e tarifas para empregados.