Banco tenta dar golpe no atendimento e reviver MOPV

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No momento em que a Caixa divulga campanha publicitária em comemoração aos seus 145 anos, priorizando sua atuação como maior banco social da América Latina, ela arrisca-se a dar um golpe em seus empregados e em toda a sociedade ao tentar implantar um sistema que debilita o atendimento, ao instituir unilateralmente os caixas de ponto-de-venda (Caixa PV), ao invés de confirmar a criação de 7.600 vagas para caixas executivos negociados durante a Campanha Salarial.

Tal decisão fere o RH 060 que determina expressamente que a natureza da função é pagar e receber, não tendo a atribuição de vender produtos. Além disso, a Caixa previa o preenchimento de 6.000, ficando 1.600 vagas restantes para provimento a médio prazo, com distorções na tabela de distribuição dos cargos que reduzia em vários casos os atuais quadros de caixa.

Após críticas da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), a Caixa voltou atrás e firmou compromisso de tomar por base as reivindicações dos empregados e marcou nova rodada em quinze dias para discutir os critérios com base na demanda funcional.

Segundo Marcos Saraiva, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará e membro da CEE/Caixa, a representação dos bancários irá manter uma postura firme na mesa de negociação. “Não aceitaremos esse tipo de tratamento”, afirmou. Ele acrescentou, ainda, que “reduzir drasticamente o número de caixas e instalar azulões que obrigam os usuários a utilizar o auto-atendimento ou os serviços de casas lotéricas nas portas foi uma famigerada política utilizada durante o governo de FHC que não pode ser revivida, principalmente, durante uma gestão democrática e popular”.