Bancos frustram negociações e Comando convoca mobilização

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Sem avanços. Foi assim que terminou a quarta rodada de negociação da Campanha Nacional 2015, no dia 16/9, sobre remuneração. Mesmo com os lucros nas alturas, os bancos não apresentaram propostas sobre as reivindicações entregues pelo Comando Nacional dos Bancários, incluindo o reajuste salarial de 16%. A Fenaban preferiu responder que ainda vai consultar as instituições financeiras para apresentar uma proposta global para a categoria.


A próxima reunião ficou marcada para o dia 25 de setembro, um dia após reunião dos banqueiros. Um setor que ganha tanto deveria valorizar mais seus empregados na hora da campanha. Os bancários têm que estar muito mobilizados neste momento e ter muita disposição para defender seus direitos, empregos e salários.


Somente no primeiro semestre deste ano, os cinco maiores bancos que operam no País (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa) lucraram R$ 36,3 bilhões. Um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Mas os negociadores dos bancos tentaram usar a retração econômica do País para justificar a falta de propostas, com a alegação de que este é um ano atípico. O momento exige grande mobilização da categoria.


Confira as reivindicações


Reajuste de 16% – O reajuste de 16%, reivindicado pelos bancários, inclui reposição da inflação mais 5,7% de aumento real. Nos últimos 10 anos (2004 a 2014), a categoria bancária conquistou aumento real de 20,7%.


PLR – A categoria está reivindicando PLR de três salários mais parcela fixa de R$ 7.246,82. Na hipótese de prejuízo, os trabalhadores querem a garantia do pagamento de um salário mínimo do Dieese. Os bancos sinalizaram para a manutenção das regras do ano passado com correção, mas ficou de apresentar um pacote global.


14º Salário – Pagamento do 14º salário como valorização do trabalhado executado pelos bancários. A Fenaban disse não disse que não há justificativa para mais uma remuneração fixa e que a CCT já conta com muitos benefícios.


Salário de ingresso – O Comando quer garantir o piso inicial de R$ 3.299,66, também propõe o salário inicial de R$ 4.454,54 para caixas e operadores de atendimento e a criação dos pisos de

R$ 5.609,42 para primeiro comissionado e de R$ 7.424,24 para primeiro gerente. Os banqueiros não apresentaram proposta.

Adiantamento de férias – Que os trabalhadores, por ocasião das férias, possam devolver o adiantamento feito pelo banco em até dez parcelas iguais e sem juros, a partir do mês subsequente ao do crédito. Os banqueiros ficaram de responder posteriormente.

Reajuste dos auxílios – Aumento no valor dos vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá para R$ 788,00. Os banqueiros ficaram de responder futuramente às reivindicações.


Auxílio Educacional – Que as despesas com ensino médio, graduação e pós-graduação sejam custeadas integralmente pelos bancos. Não houve acordo.


15 minutos – Sobre os 15 minutos de pausa para mulheres antecedendo a jornada extraordinária, exigiu-se o cumprimento da lei, por parte dos bancos, e do que poderia ser feito para modificar este procedimento. Haverá pausa no debate enquanto o assunto tramita no STF.