Bancos privados fecham 7 mil postos de trabalho em oito meses

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Os bancos privados que operam no País fecharam 6.987 postos de trabalho entre janeiro e agosto de 2013, andando na contramão da economia brasileira, que gerou 1,07 milhão de novos empregos no mesmo período. Além dos cortes, o sistema financeiro mantém a rotatividade de mão de obra alta, mecanismo que os bancos usam para reduzir custos.


É o que mostra a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) divulgada dia 24/9 pela Contraf-CUT, que faz o estudo em parceria com o Dieese com base nos dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho.


“Mesmo aumentando os lucros e mantendo a mais alta rentabilidade do sistema financeiro internacional, os bancos brasileiros, principalmente os privados, continuam demitindo. Por isso a categoria incluiu a preservação do emprego, mais contratações e o fim da rotatividade como duas das principais reivindicações da Campanha Nacional de 2013”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra.


Segundo o Caged, os bancos brasileiros contrataram 26.940 bancários entre janeiro e agosto e desligaram 30.314. No total do sistema financeiro, foram fechados 3.374 postos de trabalho. A Caixa Econômica Federal apresentou um saldo positivo de 3.357 empregos nos primeiros oito meses e como o BB manteve o quadro de funcionários estável, fica evidente que os cortes se concentram nos bancos privados.