Bancos públicos sob ameaça

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Há anos o movimento sindical alerta sobre os riscos que correm os bancos públicos no modelo neoliberal de governar. Durante o governo FHC, no qual Armínio Fraga foi presidente do Banco Central, o movimento sindical defendeu esse patrimônio brasileiro quase extinto na sanha privatizadora do modo de governar do PSDB. O Brasil perdeu dezenas de bancos estaduais, mas BB, Caixa e BNB conseguiram ser preservados graças à luta dos trabalhadores, apesar de terem sido claramente sucateados.


Já anunciado no último dia 28/8 como provável ministro da Fazenda de um eventual novo governo do PSDB, Armínio Fraga já aludiu à intenção de reduzir o papel dos bancos públicos no Brasil caso vençam as eleições.


O economista afirma que o modelo brasileiro – formado por “três grandes bancos públicos em atuação”, BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – “Não sei muito bem o que vai sobrar no final da linha, talvez não muito”, completa Fraga.


Armínio Fraga é apenas coerente, pois o governo do PSDB (1995 – 2002) já fez isso com os bancos públicos. Foram privatizados nesse perío-do o Banespa, Banerj, Bemge, Bandep, Banestado, Credireal, Meridional, BEA, BEG e Paraiban e, ainda, enfraqueceram o BB e Caixa, com o massacre de seus funcionários. E pior, para financiar as privatizações, foram usados recursos dos fundos de pensão – Previ e Funcef.


As nefastas intenções de Fraga foram divulgadas no blog O Cafezinho, do jornalista Miguel do Rosário. Confira o áudio da declaração no link: https://m.soundcloud.com/jair-silva-31/arminio-fraga.