Banqueiros e governo na mira do Setembro Vermelho

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Os banqueiros, mancomunados com o governo Dilma, estão querendo jogar nas costas dos trabalhadores o ônus da propalada crise financeira mundial que recrudesce nos Estados Unidos e na Europa.


No caso dos bancários, cuja data base é 1º de setembro, o discurso afinado do ministro Mantega com a Fenaban aponta no sentido de negar o aumento real de 5% reivindicado pela categoria.


É muita desfaçatez querer imputar aos assalariados as consequências de uma crise resultante da ganância dos capitalistas. Crise esta que está longe de repercutir no setor financeiro brasileiro, haja vista o fabuloso lucro que os bancos obtiveram somente no 1º semestre deste ano – mais de R$ 20 bilhões.


Os bancários e demais trabalhadores do ramo financeiro jamais vão abrir mão de suas bandeiras de luta, sejam elas relativas à remuneração digna, sejam referentes ao emprego decente, segurança e saúde.


Setembro prenuncia luta. A onda vermelha da mobilização tem que envolver todos os bancários indignados com a cara de pau dos banqueiros e governo. Não só os grandes bancos privados, mas também o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e o BNB alcançaram resultados auspiciosos neste semestre, graças ao esforço de seus funcionários que ganham piso salarial incompatível com suas funções e trabalham além da jornada para cumprir metas e desenvolver bem as políticas públicas do governo. Dilma e seus ministros da área econômica que se cuidem, pois os bancários dos bancos estatais não estão para brincadeira e jamais vão engolir essa balela de que é preciso cortar gastos para conter a inflação.


Esse discurso neo-liberal mostra a fina sintonia existente hoje entre o governo, os banqueiros e a grande mídia nacional. Para quebrar essa lógica só a unidade e a luta dos trabalhadores garantirá a construção de uma grande greve nacional da categoria para mostrar à sociedade a nossa revolta e indignação.