BB ANUNCIA REMOÇÃO COMPULSÓRIA PARA ALÉM DAS REGIÕES METROPOLITANAS

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O Banco do Brasil anunciou dia 28/10 que fará nova rodada de remoções compulsórias que atingirá 467 funcionários. Como a Contraf-CUT já havia anunciado, as remoções extrapolam os limites da região metropolita e seus municípios limítrofes. A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu com o banco dia 29, em Brasília, para tratar do assunto.


É preciso deixar claro que o banco está descumprindo acordo firmado com as entidades de representação dos trabalhadores. O acertado é que não seriam realizadas remoções compulsórias para municípios que não fossem o da origem dos funcionários. O acordo previa remoções para localidades até 30km de distância do local de origem, podendo, no máximo, chegar a 50km quando não houvessem vagas em distância inferior. Mesmo assim, haveria uma consulta ao trabalhador antes de definida a remoção.


Segundo o banco, o parágrafo terceiro do artigo 469 da nova CLT dá respaldo para as transferências compulsórias que estão sendo realizadas. O banco alega que abriu várias vezes a possibilidade de remoção voluntária, inclusive pelo Sistema Automático de Concorrência à Remoção (SACR) especial em âmbito nacional. Como não conseguiu preencher as vagas existentes e permanecem funcionários em excesso em várias praças, o banco precisou fazer as remoções compulsórias. O banco diz ainda que todos os funcionários que foram removidos compulsoriamente poderão concorrer a outras vagas pelo (SACR) especial.


O banco disse ainda que haverá outras rodas de transferências de funcionários e que as Gerências de Pessoas estão orientadas a passar informações e atender os sindicatos de forma local para tratar sobre esses casos.


“As pessoas estão sendo removidas de suas cidades de origem porque, segundo o banco não existem vagas lá. O SACR não dará a elas a possibilidade de voltarem para suas cidades. Sem contar que as remoções geram custo para o banco e para as pessoas transferidas. Vamos lutar para que todos os direitos dos funcionários garantidos em lei e no ACT sejam cumpridos”
José Eduardo Marinho, diretor do Sindicato e funcionário do BB