BB dissimula custos da sua proposta

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O Banco do Brasil divulgou um simulador para os funcionários verificaram quanto a mensalidade da Cassi irá custar aos associados se a proposta defendida pelo banco for aprovada. Mas o banco não informa que os atuais subsídios aos dependentes serão extintos e suas mensalidades serão corrigidas pelos valores de mercado, sempre muito acima da inflação.  Um bancário fez sua simulação e nela a Cassi vai dos atuais 3% para 6,5% do salário, num aumento absurdo para o funcionário.


Dentre outros ataques aos associados, a proposta defendida pelo Banco do Brasil para a Cassi exclui os futuros aposentados da cobertura da caixa de assistência; eleva custos para os atuais aposentados, e também da ativa por meio da cobrança para cada dependente ao invés de grupo familiar; e diminui a participação do banco no custeio da caixa de assistência. A proposta precisa da aprovação de dois terços do corpo social e será colocada em votação nos próximos meses.


DIRETORES ELEITOS TRAEM OS ASSOCIADOS – O movimento sindical vem denunciando a traição dos membros eleitos da Cassi, Luiz Satoru (diretor) e Sergio Faraco (conselheiro), que na reunião do Conselho Deliberativo votaram a favor da proposta defendida pelo banco, baseada na Resolução 23 da CGPAR, publicada em janeiro, do órgão submetido ao governo golpista de Temer.


PROPOSTA DAS ENTIDADES NÃO RETIRA DIREITOS – As entidades representativas dos trabalhadores também apresentaram proposta para a sustentabilidade da Cassi que busca garantir a manutenção de direitos e a cobertura para funcionários da ativa, aposentados e dependentes. A proposta preserva o princípio da solidariedade, segundo o qual os associados contribuem de forma proporcional ao salário, independentemente da idade ou condição de saúde; defende a manutenção da Cassi sob o comando dos representantes dos associados, sendo gerida de forma paritária; dentre outros pontos.


Quanto à questão financeira, o documento propõe uma receita operacional nova de R$ 862,5 milhões/ano – o que representa R$ 4,3 bilhões entre 2019-23 – para reequilibrar liquidez e margem de solvência, fazer os investimentos necessários e ampliar o modelo assistencial.