BNB impõe limites e acordo fica na estaca zero

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A direção do Banco do Nordeste do Brasil apresentou dia 17/2, em mesa de negociação com a Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB/Contraf-CUT), proposta para fechamento do Acordo Coletivo específico 2010/2011 nos mesmos patamares do Acordo 2009/2010, isto é, sem qualquer avanço quanto a reivindicações sobre isonomia, resolução de passivos trabalhistas, extensão da Licença-Prêmio aos novos funcionários, revisão do Plano BD da CAPEF e implantação do Ponto Eletrônico, dentre outros.


Com o limite imposto pela direção do Banco, a CNFBNB/Contraf-CUT deu por encerrado o debate sobre o acordo naquela ocasião e está orientando os sindicatos com BNB na base a rediscutirem a questão com o funcionalismo, visando tomada de posição final sobre o assunto.

A reunião prosseguiu com a CNFBNB/Contraf-CUT cobrando do Banco definição sobre o comissionamento de todos os Analistas Bancários das Centrais de Retaguarda, advertindo que não aceitará quaisquer manobras utilizadas pelo Banco que venham de encontro à justa reivindicação pelo tratamento isonômico nas CRO’S. A Comissão dos Funcionários cobrou também a adesão do Banco ao protocolo assinado pela Contraf com a Fenaban que garante o acompanhamento e a tomada de medidas em relação ao assédio moral.


Outro assunto colocado na mesa foi à escolha do Conselheiro Representante dos Funcionários, cuja implantação já foi autorizada pelo Governo Federal, cabendo ao Banco dar celeridade ao processo de regulamentação e eleição. O Ponto Eletrônico também foi alvo de cobrança, reforçada pela CNFBNB/Contraf-CUT tendo em vista posicionamento do Ministério do Trabalho, afirmando ser optativo o modelo de ponto a ser utilizado pelas empresas, o que derruba o argumento da Diretoria do BNB de ter que esperar pela posição final do Ministério.


A CNFBNB/Contraf-CUT registrou sua insatisfação com o lucro reduzido do BNB em 2010, repercutindo negativamente no pagamento da PLR e não aceitou as explicações para a queda no resultado em função de provisionamentos elevados impostos pelo Banco Central.