Em São Paulo, o Bradesco demitiu um bancário com deficiência após ele voltar de afastamento médico causado por complicações decorrentes de uma lesão na coluna. A dispensa ocorreu dias depois do seu retorno, mesmo com cirurgia agendada e com laudo atestando que o adoecimento se deu por causa do mobiliário inadequado no ambiente de trabalho.
O bancário trabalhava na Bradesco Promotora há pouco mais de três anos, em São Paulo. Nos últimos meses ele passou a sentir dores nas costas e após consultas e afastamentos, o médico forneceu o laudo e o orientou a mudar de cadeira.
Em busca de ajuda, o bancário acionou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa). Seus representantes responderam que as cadeiras atendiam ao modelo padrão do banco. Alguns dias depois, veio o desligamento.
O Sindicato dos Bancários de São Paulo cobrou a reintegração do bancário, mas os responsáveis pelo RH informaram que o banco não recuaria da demissão. Agora a entidade vai lutar por seus direitos na Justiça
Para alertar os bancários do Bradesco no Ceará e para evitar que aconteçam casos semelhantes, por exemplo, a Secretaria de Saúde do Sindicato dos Bancários do Ceará faz um alerta lembrando que muitos bancários acabam prejudicados ou mesmo demitidos quando informam problemas somente aos canais internos do banco. Nestes e outros casos, os bancários devem, antes de acionar o banco, procurar o Sindicato.
“Muitas vezes, os bancários procuram logo os canais internos do banco, na esperança de ter solucionado seu problema. É importante que primeiro procurem o Sindicato para receber as devidas orientações. Depois é que o bancário deve acionar o banco, caso não tenha seu problema resolvido deve denunciar o caso ao Sindicato para que busque negociações a fim de evitar que demissões imotivadas aconteçam”
Eugênio Silva, diretor de Saúde do SEEB/CE e funcionário do Santander