BRADESCO E ITAÚ DEFENDEM MEDIDAS CONTRA O TRABALHADOR ANUNCIADA PELO GOVERNO ELEITO

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Em relatórios voltados ao mercado e divulgados na grande imprensa, Itaú e Bradesco, as duas maiores instituições privadas do país, expressam seu apoio incondicional às medidas antipopulares anunciadas pelo economista e banqueiro Paulo Guedes, anunciado para comandar o superministério da economia do governo eleito.


O Itaú enviou mensagem aos correntistas, dizendo que “o momento é de investir em Bolsa e aproveitar para divulgar seus fundos multimercados como meio de aplicação” e recomenda investimentos em ações, deixando claro que o único interesse do banco é a especulação financeira, reafirmando a lógica rentista da economia brasileira, onde só ganha quem especula, em detrimento de quem produz e quem trabalha.


No relatório, o banco recomenda investimentos em ações, oferecendo seus próprios produtos e defende urgência na Reforma da Previdência.  Pela proposta anunciada por Paulo Guedes, o futuro ministro da área econômica do governo eleito, a Previdência será baseada na capitalização privada, um sistema que não deu certo para os trabalhadores no Chile, mas que desperta grande interesse nos bancos privados, de olho no mercado da previdência privada.


BRADESCO DEFENDE REFORMA DA PREVIDÊNCIA – Já o Bradesco diz que “nos sentimos revigorados para dar início a um novo ciclo de reformas estruturais no sentido da modernização do Brasil”, em outras palavras, o banco tem pressa em aprovar a Reforma da Previdência e defende a proposta do presidente eleito de pôr fim aos direitos previstos na CLT. Na campanha eleitoral, lançou o projeto de uma nova carteira de trabalho, verde e amarela, sem as conquistas previstas na legislação trabalhista.


“Está claro nesses relatórios que os bancos têm lado, o lado do lucro. Nunca os interesses do sistema financeiro são os da valorização do trabalhador, a geração de emprego e renda, e o direito à aposentadoria”
Telmo Nunes, diretor do SEEB/CE e funcionário do Bradesco