Bradesco impede barba e penteados afro na Bahia

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O Ministério Público do Trabalho da Bahia entrou com uma ação civil pública contra o Bradesco por discriminação estética e racial. De acordo com a ação, o banco proíbe aos homens o uso de barba e às mulheres de usar penteados afro. A Procuradoria aponta indício de racismo na proibição. Para o procurador Manoel Jorge e Silva Neto, autor da ação, alega que “usar ou não barba, cavanhaque, bigode ou costeleta não mostra nenhuma relação com maior ou menor eficiência na prestação de trabalho”.


De acordo com a Procuradoria, somente em casos em que a barba pode prejudicar a segurança do empregado ela deve ser proibida – quando há a necessidade do uso de máscaras, por exemplo, a barba impede a aderência do acessório de segurança ao rosto.


A audiência para julgar a ação está prevista para o próximo dia 10 de abril. Caso a Justiça julgue a ação procedente, o banco deverá pagar uma multa diária de R$ 2 milhões, caso descumpra a determinação judicial. Se for condenado na sentença final, o Bradesco deverá arcar com indenização de 100 milhões por danos morais, referente à discriminação por traço estético, e R$ 100 milhões pela prática de racismo. Por meio de nota, o Bradesco disse que não tem conhecimento da ação.