Bradesco promove alterações no plano de previdência dos funcionários

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O Bradesco vai promover alterações no plano de previdência complementar dos funcionários. A apresentação oficial dessas mudanças à Comissão de Organização dos Empregados (COE) aconteceu no dia 21/7, na sede do banco, em São Paulo. As informações serão disponibilizadas aos trabalhadores a partir do dia 28/7.


A COE já havia conversado com a direção do Bradesco no dia 7 de maio, quando reivindicou uma reunião ampliada onde pudesse trazer mais representantes para o debate, assim como uma assessoria para analisar detalhadamente a proposta.


Na reunião, o banco reforçou que as mudanças devem ser implementadas a partir de outubro, não havendo espaço para mudanças. O movimento sindical, porém, reivindica a possibilidade de propor alterações se os trabalhadores julgarem necessárias.


Os representantes dos trabalhadores contam com a assessoria do especialista em previdência complementar Ricardo Sasseron, que é vice-presidente da Associação Nacional dos Participantes dos Fundos de Pensão (Anapar).


“É fundamental a abertura de um processo de negociação com o movimento sindical para garantir aos trabalhadores a possibilidade de optar pelas melhores condições para seu plano de previdência complementar”, reforça Sasseron.


Após a explanação oficial do Bradesco, o movimento sindical irá se reunir mais uma vez para ratificar sua posição final com relação às alterações.  “Com base nas discussões desse novo encontro, divulgaremos aos funcionários os prós e contras das mudanças. Nenhuma empresa é obrigada fornecer plano de previdência, mas quando esse serviço é disponibilizado, os trabalhadores que contribuem têm o direito de participar das decisões e é isso que estamos cobrando do banco”, finaliza.


“Previdência é um assunto complexo, muitos detalhes, muitas vertentes, e o seu resultado só é sentido a longo prazo. Por isso, todo cuidado é pouco. A mudança que o banco anunciou, a priori, parecia boa, mas gato escaldado tem medo de água fria, portanto, temos de nos debruçar muito sobre um tema não tão comum no nosso cotidiano para orientar nossa categoria da melhor forma. O que já sabemos é que não se deve ainda fazer a portabilidade de um plano para outro e nem promover o resgate das contribuições”
Gabriel Motta, diretor do Sindicato dos Bancários e funcionário do Bradesco