“Cartão Vermelho ao Trabalho Infantil”. Esse é o lema da Campanha de 2010 para o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, celebrado no dia 12/6. A campanha é promovida pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). A campanha, que tem parceria com diversos estados, foi lançada na quinta-feira, dia 10/6, em Brasília, e marca o início de inúmeras atividades em todo o Brasil.
A estratégia de divulgação é aproveitar o clima da Copa e levantar mais essa bandeira em todo o País. O jogador Robinho, atacante do Santos Futebol Clube e convocado para atuar na seleção braisleira na Copa na África, é o garoto propaganda da campanha. O jogador cedeu seu direito de imagem sem cobrar cachê. A campanha continua ao longo do ano nos campeonatos de futebol e também em outros esportes que usam cartão vermelho como o basquete e vôlei.
CEARÁ – Na data de celebração do Combate ao Trabalho Infantil, dia 12/6, uma caminhada, no Centro de Referência de Assistência Social – Cras Bom Jardim, encerrou a semana de mobilização, organizada pela Prefeitura de Fortaleza. No dia 11/6, também houve uma caminhada no bairro Jardim União, que contou com a participação de crianças e adolescentes do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, além de representantes de outras entidades e pessoas da comunidade.
Instituições do poder público Municipal, Estadual e Federal, da Sociedade Civil Organizada, e Procuradorias do Trabalho e de Justiça assinaram, no dia 7/6, o Pacto pela Erradicação do Trabalho Infantil no Ceará. Com o pacto espera-se assim elaborar o Plano Municipal para Erradicação do Trabalho Infantil no Município de Fortaleza, e realizar, também, ações de prevenção e combate a todas as formas de trabalho infantil na cidade, trabalhando em função da garantia dos direitos das crianças e adolescentes.
NÚMEROS PREOCUPANTES – O Ceará ocupa a triste 3ª colocação no ranking nacional de trabalho infantil, segundo dados do IBGE. Cerca de 294 mil crianças e adolescentes entre 5 a 17 anos de idade estão em situação de trabalho no Estado. No Brasil, a exploração de trabalho infantil atinge 4,1 milhões de crianças e adolescentes. No mundo, o número chega a 215 milhões.
Segundo especialistas, além da atuação do poder público para coibir o trabalho infantil, é necessário a conscientização da população de que a infância deve passar longe do trabalho. Denúncias contra o trabalho infantil podem ser feitas através dos conselhos tutelares ou pelo telefone 0800-707-2003, ou pelo Disque 100.