Brasil fecha 2010 com 44 milhões de empregos formais, diz Ministério

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No ano, foram gerados 2,860 milhões de novas vagas com carteira assinada, número recorde. O crescimento em relação a 2009 foi de quase 7%. Números do Ministério do Trabalho sinalizam o Brasil em pleno emprego — com as empresas enfrentando dificuldades para preencher vagas que exigem melhor qualificação. O Brasil fechou 2010 com 44 milhões de empregos formais, o maior nível da história. O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, diz que a geração de emprego vai continuar no mesmo ritmo. “Em 2011 chegaremos a três milhões de empregos formais”. Os números comprovam que o poder de barganha do trabalhador aumentou muito. Por exemplo, numa empresa a rotatividade foi tão grande, que ela teve que renovar boa parte do quadro que hoje conta com 1.600 mil funcionários.


Uma pesquisa feita por uma empresa de recrutamento com 200 mil pessoas mostrou um aumento no ritmo em que os brasileiros trocam de emprego – 17% mudaram no primeiro trimestre do ano passado. Este ano foram 25%. Na disputa por mão de obra, as empresas precisam muitas vezes qualificar os novos funcionários e ainda têm que oferecer vantagens.


“Oportunidade de crescimento profissional a partir do quarto mês de trabalho, e um amplo pacote de benefícios. Com esses diferenciais, eu consigo atrair bons candidatos e preencher essas vagas”, explica a diretora de RH, Cibele Passos. Para o professor da Fea/Usp e especialista em Relações do Trabalho, Arnaldo Nogueira, em relações de trabalho, as vagas estão crescendo num ritmo suficiente pra equilibrar a oferta e a demanda de emprego.


“Isto criaria o que a gente chama um índice administrável do desemprego. Ás vezes também não adianta criar quantidades de emprego sem qualificação. Você repara que no Brasil há, por exemplo, uma defasagem do emprego qualificado. Algumas empresas estão ofertando lugar de emprego e não conseguem preencher”, disse.