Na segunda-feira, dia 8/6, em Brasília, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e a Caixa Econômica Federal retomaram as rodadas do processo de negociações permanentes. O encontro debateu o fim da terceirização com a unificação das atividades do Ret/PV e sua relação com as agências; a implantação dos comitês de acompanhamento das redes de credenciamento e descredenciamento do Saúde Caixa e divulgou outros assuntos.
Em relação à unificação das baterias de caixa (Ret/PV), a empresa informou que o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado para suprimir as terceirizações nessa área está sendo cumprido em etapas. A Caixa admitiu confusão no processo, nos primeiros dias, e dificuldade de aliar a necessidade de ajuste à dotação orçamentária.
Entre os problemas de integração apontados pela CEE/Caixa estão os relacionados a falta de pessoal em algumas agências, demora no malote interno da Caixa e excesso de horas extras. O cumprimento de uma jornada além do horário convencional coloca em risco a saúde do trabalhador, que fica exposto a erros pela carga excessiva de trabalho, e compromete a segurança da agência como um todo.
A Caixa informou que vai concluir a substituição dos cerca de 4.500 trabalhadores terceirizados até o final de junho deste ano em cumprimento ao TAC. Também acrescentou que 275 Técnicos de Operação de Retaguarda foram destacados para assumir, nas agências que têm mais de 9 caixas, o posto de supervisor até a criação da função de supervisor de caixa.
PROMOÇÃO POR MÉRITO – O processo de promoção por mérito obteve os seguintes resultados: 92,8% dos empregados apresentaram a avaliação completa (autoavaliação, avaliação pelos pares e avaliação dos gestores). Os demais apresentaram avaliações parciais. Dos 3.300 grupos de participação, 1.189 foram fechados em 100%. Do total, apenas 8 grupos não obtiveram a participação de 50% das pessoas, a grande maioria por problemas relacionados a afastamento ou mudança de cargo, licença, entre outros.
A avaliação da CEE/Caixa foi positiva, mesmo com a complexidade apresentada, pois retoma um processo que precisa ser melhorado dentro da empresa. As principais reclamações dos empregados foram em relação às avaliações de grupos de colegas que não trabalham juntos, a dificuldade de indicar pessoas nos locais de grandes concentrações de funcionários, e a forma de distribuição. A CEE/Caixa vai listar os pontos mais comentados pelos empregados e apresentar numa próxima reunião com a empresa.
COMITÊS SAÚDE CAIXA – Durante a reunião foi discutida a implantação dos comitês de acompanhamento das redes de credencia- mento e descredenciamento do Saúde Caixa. A proposta apresentada pela CEE/Caixa prevê que os comitês sejam compostos no âmbito das Gipes, com 5 representantes indicados pelas bases sindicais com a garantia de, no mínimo, 1 aposentado e um empregado da ativa, além de 5 suplentes e de representantes da empresa que tenham poder de decisão. A Caixa informou que solicitou sugestões das Gipes para finalizar a proposta do regimento interno e a implantação dos comitês. Nova reunião com o Grupo de Trabalho do Saúde Caixa foi marcada para julho.