Caixa apresenta novo Plano de Apoio à Aposentadoria

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Durante reunião ocorrida em Brasília, a Caixa Econômica Federal apresentou para a Contraf/CUT e para a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) o novo Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA). A proposta está voltada basicamente para três grupos: empregados que já estão aposentados e continuam trabalhando, empregados que estão aptos a adquirir aposentadoria integral e empregados que se aposentarem até a data de 31 de dezembro de 2008.


A empresa estima que entre os aposentados que continuam trabalhando existam pelo menos 2.200 pessoas, e mais de 1.600 no grupo daqueles que em um ano estarão aptos a adquirir a aposentadoria integral. O requisito exigido é de 15 anos de contrato vigente com a Caixa. Há ainda a exigência de 48 anos de idade para os empregados que ainda não completaram o período de contribuição. As adesões poderão ser feitas até o dia 31 de dezembro deste ano. Para isso o contrato de trabalho deverá ser encerrado entre 2 de janeiro e 29 de fevereiro de 2008. O período para elaboração e cumprimento do Plano de Transferência de Atividades (PTA) é de 19 de novembro de 2007 a 29 de fevereiro de 2008. O PTA é um documento firmado entre o empregado e o gestor e tem por objetivo, segundo a empresa, “transferir conhecimento, experiência e rede de relacionamento para os sucessores”.


A Caixa também promete ajuda financeira para quem aderir ao PAA. Para quem já estiver aposentado, a proposta é de cinco remunerações bases. O pessoal desse grupo poderá ainda entrar em gozo do benefício Funcef e optar por sacar até 10% da reserva com a redução proporcional do benefício.


Para preparar o empregado a aderir ao PAA, a Caixa oferece ainda o programa “Vida Futura”, a pretexto de apoiar a carreira profissional dos bancários.

Questionamentos – Após a apresentação do PPA pela Caixa, a Contraf/CUT – CEE/Caixa questionou o fato de a proposta abranger empregados que ainda não têm tempo para aposentadoria. Nesse aspecto, de acordo com a representação nacional dos empregados, o PAA mais parece um PADV disfarçado (Plano de Apoio à Demissão Voluntária). A Contraf/CUT – CEE/Caixa deixou claro que, se assim ocorrer, se posicionará contrária a qualquer plano de apoio à aposentadoria. Houve críticas ainda para o item relacionado às contribuições à Funcef, tendo em vista que a Caixa só se dispõe a pagar a parte dela. Fica então a pergunta: “Se o empregado aderir e não tiver outra fonte de renda, como irá arcar com mais esse custo?”.