Os lucros e a rentabilidade dos bancos públicos e privados persistiram em patamares elevados, mas seu crescimento desacelerou no período recente, como sinal dos primeiros reflexos do desaquecimento da economia sobre o resultado dos bancos. A Caixa Econômica Federal apresentou queda em seu balanço trimestral mas ainda alcançou R$ 838 milhões nos primeiros três meses deste ano, um recuo de 45,9% em relação ao mesmo período de 2015.
As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 8,3% em doze meses e as despesas de pessoal subiram apenas 1,6% com impacto sobre o índice de cobertura de despesa de pessoal que se elevou 3,77 pontos percentuais. Na comparação do primeiro trimestre de 2016, com o mesmo período de 2015, a Caixa fechou 3.305 postos de trabalho em um ano. Em boa parte devido ao Programa de Apoio à Aposentadoria implementado pelo banco. Foram abertas seis agências nos últimos doze meses.
Diferentemente dos bancos privados, a Carteira de Crédito Ampliada da Caixa apresentou crescimento acumulado de 9,2% em doze meses e atingiu, em março de 2016, o valor de R$ 684,16 bilhões. Os destaques foram a carteira de crédito imobiliário com R$ 384,17 bilhões, que representa cerca de 57% da carteira de crédito e tem baixa inadimplência, em torno de 2,33%. O índice de Inadimplência superior a 90 dias cresceu 0,66 ponto percentual. em doze meses, passando de 2,85% para 3,51%. A Caixa reduziu as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD), de R$ 5,03 bilhões no primeiro trimestre de 2015 para R$ 3,81 bilhões nos três primeiros meses deste ano, com queda de 24,2%.
