Câmara rasga CLT e aprova texto-base do PL 4330. Trabalhadores vão às ruas!

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Na próxima quarta-feira, 15/4, o Brasil vai parar! Trabalhadores de todo o País devem aderir à paralisação nacional capitaneada pelas centrais sindicais para denunciar à sociedade os prejuízos que atingem a classe trabalhadora com a aprovação do PL 4330, que legaliza a terceirização irrestrita e impõe a maior perda de direitos dos trabalhadores de toda a história do Brasil. Rendendo-se à vontade do empresariado, a Câmara dos Deputados aprovou dia 8/4 o texto-base do PL 4330. Votaram a favor do projeto 324 deputados, enquanto 137 parlamentares foram contrários e dois se abstiveram. O projeto agora segue para o Senado.


Todos os deputados do PT, PCdoB, PSL, PTC e PSol votaram contra o PL 4330. Já os parlamentares do PMDB, PSDB, PSD, PRB, PR, DEM, PPS, PV, PHS, PSB, Pros, PDT e Solidariedade, com poucas exceções, votaram a favor do projeto da terceirização.


Além da paralisação no dia 15/4, os bancários cearenses, em conjunto com as centrais sindicais e movimentos sociais que atuam no Estado, participam de uma caminhada pelo Centro de Fortaleza, com concentração na Praça do Carmo, a partir das 8h. Em seguida, os trabalhadores seguem para a Praça do Ferreira.


Retrocesso histórico – Cabe salientar que o texto do projeto não melhora as condições dos cerca de 12,7 milhões de terceirizados (26,8% do mercado de trabalho) e ainda amplia a possibilidade de estender esse modelo para a atividade-fim, a principal da empresa, o que é proibido no Brasil. Fragmenta também a representação sindical e legaliza a diferença de tratamento e direitos entre contratados diretos e terceirizados. De acordo com o levantamento do Dieese, o trabalhador terceirizado trabalha três horas a mais, em média, além de receber 25% a menos pelo mesmo serviço.


Não podemos permitir que nossos direitos, conquistados através de uma longa história de luta, sejam retirados por parlamentares aliados ao empresariado. Reaja! Vamos todos para as ruas dizer NÃO ao PL 4330!


“A hora agora é de ampliar a mobilização contra esse projeto que representa um retrocesso trabalhista sem precedentes. Estamos diante do maior golpe nos direitos trabalhistas sociais desde a aprovação da CLT, em 1943, com gravíssimos impactos para toda a classe trabalhadora. Nós vamos às ruas para exigir a retirada desse PL, que precariza as relações de trabalho e rasga a nossa CLT”
Carlos Eduardo Bezerra, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará e da

Fetrafi/NE