O abaixo-assinado de apoio à redução da jornada de trabalho sem redução de salários foi lançado dia 21/1, em ato político na sede nacional da CUT, em São Paulo. Os presidentes de todas as centrais sindicais, presentes ao ato, foram os primeiros a assinar, dando início simbólico à campanha.
No mesmo dia foi divulgado um manifesto pela mudança da estrutura tributária brasileira, em que prevaleça o princípio da progressividade (quem ganha menos paga menos, quem ganha mais paga mais) e com a adoção de propostas como o IGF (Imposto sobre Grandes Fortunas), entre outras que foram apresentadas.
“Queremos reunir milhões de assinaturas para dizer que a sociedade apóia a redução da jornada para criar mais e melhores empregos. Vamos entregar o resultado ao Congresso Nacional como uma nova forma de pressionar por este avanço, como estamos fazendo desde 2001”, afirma o presidente da CUT, Artur Henrique. Em 2001, todas as centrais sindicais fizeram chegar aos parlamentares uma proposta de projeto de emenda constitucional, à época encampado pelo então deputado federal Inácio Arruda (PCdoB/CE).
Artur lembra que a CUT vem lutando por distribuição de renda e valorização dos trabalhadores e trabalhadoras, e que a redução da jornada e um modelo tributário progressivo são fortes instrumentos para produzir essas mudanças. “Estudos, como um que o professor Amir Khair apresentou durante uma de nossas reuniões da Executiva Nacional, comprovam que a estrutura de tributação no Brasil é extremamente injusta. Enquanto aqueles que ganham até dois salários mínimos pagam impostos que equivalem a 49% dos seus rendimentos, quem ganha mais de 30 mínimos só paga 26,3% de impostos. É inacreditável. Precisamos mudar isso”, lembra Artur.