O presidente da CMF, Acrísio Sena, afirma que, sancionado o projeto, só se concederão novos alvarás se essas agências cumprirem o que rege o Estatuto. A multa pelo descumprimento da lei pode chegar a R$ 100 mil Ufirs do Município (que equivale a R$ 100 mil).
O presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra, a lei é uma conquista não só dos bancários e vigilantes, mas de toda a população. “O Sindicato teve papel importante na elaboração desse projeto. Já existiam outras leis, outros projetos de lei, mas resolvemos fazer um trabalho conjunto para unir todas essas proposições em uma só e quem ganha com isso é a população de Fortaleza”. Ele completa: “esperamos que esta contribuição sirva de exemplo para outros municípios e também seja mais um elemento que venha ajudar a organização dos trabalhadores bancários a exigir que a responsabilidade dos bancos realmente seja cumprida e se não cumprirem, que paguem multas equivalentes a seus patrimônios, inclusive com a interdição de suas agências”.
Campanha – O Sindicato já debate detalhes sobre as peças publicitárias da campanha, com o mote: “ A vida está acima do lucro – Banco legal é banco seguro”. As discussões devem ser aprofundadas aguardando a sanção da prefeita Luizianne Lins do Estatuto de Segurança.
O secretário de Organização da Contraf-CUT, Miguel Pereira, afirma que é importante enfatizar que o lucro do banco não pode estar acima da vida. Ele lembra que o movimento sindical bancário luta, em nível nacional, pela isenção de tarifas para algumas transações que diminuiria o número de saidinhas bancárias. “Seria interessante ainda uma campanha educativa sobre a importância das portas giratórias. Nos aeroportos existem detectores que barram mesmo e todos que estão lá sabem que aquilo é para sua própria segurança. Nos bancos tem de haver essa consciência também”, sugere.
“O Sindicato está terminando a elaboração da campanha, estamos articulando politicamente junto ao Executivo Municipal de Fortaleza a sanção do projeto de lei do Estatuto de Segurança e daí, partir para uma campanha educativa, para envolver a sociedade toda na cobrança da responsabilidade dos bancos e também da fiscalização do município”, conclui Carlos Eduardo.