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O Sindicato dos Bancários do Ceará está vigilante em defender os direitos e conquistas dos bancários – “Não importa o Governo”. É com esse mote que a entidade, que este ano completou 74 anos de existência, lança uma campanha publicitária que está sendo veiculada desde o último dia 23 de julho. São peças de outdoor, busdoor e spots de rádio. A campanha ficará no ar inicialmente durante um mês, devendo ser renovada por período a ser definido pela diretoria da entidade.
Segundo Tomaz de Aquino, diretor de Comunicação e Imprensa do Sindicato, essa campanha objetiva dar ênfase ao papel do Sindicato dos Bancários, como defensor da categoria, sem esquecer os interesses gerais da sociedade.
“O Sindicato dos Bancários do Ceará é de luta! É uma entidade com credibilidade e aceitação pela sociedade cearense e já mostrou que não é corporativista, mas sabe lutar também pelos interesses da coletividade”, completou.
Exemplo disso foram várias campanhas feitas pelo Sindicato em período recente, como as caravanas da solidariedade contra as privatizações realizadas de 1999 a 2001.
Participou ativamente de momentos importantes da história do Brasil, como a luta contra a ditadura e Diretas Já, tendo inclusive, passado por três intervenções. Sobreviveu a dois golpes de Estado (o Estado Novo de Getúlio Vargas e o golpe militar de 1964). Lutou pela queda do Governo Collor e enfrentou o neo-liberalismo de FHC, Tasso, Byron no BNB e Alencar no BEC.
Recuando no tempo, em 1933, a entidade se incorpora à luta nacional pela jornada de seis horas de trabalho. Em 1934, nos dias 5, 6 e 7 de julho, os bancários fazem a primeira paralisação nacional da categoria e conquistam a jornada de 30 horas semanais. Mais uma vez os bancários do Ceará estavam na luta, organizados e mobilizados por seu Sindicato. Em 1985, ocorre uma das maiores greves da categoria, resultando na unificação da data-base dos bancários, em 1º de setembro.
Até 1989, uma série de greves garantiu conquistas que se incorporam à Convenção Coletiva da Categoria: o Plano de Cargos e Salários (PCS) para os bancos oficiais, equiparação do BB ao BNB e a criação de pisos salariais para os bancos privados. Em 1989, em assembléia histórica, o Sindicato dos Bancários do Ceará filia-se à CUT.
A década de 90, com o governo Collor, seguido de FHC, foi de duro enfrentamento ao projeto neoliberal, tendo como marco a resistência à privatização do BEC, ao desmonte do Banco do Brasil e Caixa e o combate às demissões no setor financeiro
A partir de 2003, os bancários, única categoria a ter uma Convenção Coletiva Nacional, vêm conquistando ganhos reais de salários, progressivas participações nos lucros e resultados dos bancos e leque variado de benefícios em igualdade de condições para trabalhadores do Iapoque ao Chuí.
Esses avanços revelam uma história de combatividade e luta, seja qual for o governo de plantão.