Carteira de trabalho também está na mira do golpe

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Num momento em que a classe trabalhadora declara vigília permanente sobre a situação política no Brasil, um instrumento fundamental para o trabalhador faz aniversário. É uma data simbólica, pois são 84 anos de luta, resistência e de ampliação de direitos.


Foi em 21 de março de 1932 que o ex-presidente da República, Getúlio Vargas, instituiu a carteira de trabalho, pelo decreto nº 21.175, com objetivo de espelhar a vida profissional do trabalhador. Depois de dois anos, Getúlio tornou obrigatório o uso deste instrumento com o objetivo de consolidar os direitos básicos e fundamentais da classe trabalhadora.


O golpe que está em curso, conduzido por setores do Judiciário e pela mídia oligopolizada, tem o objetivo de tirar direitos. Basta observar projetos reacionários que já estão sendo debatidos no Congresso, antes mesmo de um golpe se consolidar.


Nessa escalada, é de se supor que a carteira de trabalho entraria na lista de conquistas a ser destruídas. Aliás, não é de hoje que o empresariado e os analistas conservadores criticam aquilo que chamam de “excesso de regulamentação” do trabalho, que tem na CTPS um importante símbolo.