CEF não apresentou propostas às reivindicações dos empregados

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A Caixa Econômica Federal não apresentou propostas para as reivindicações dos empregados durante a mesa de negociação com a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), realizada no dia 2/8, em São Paulo. Todos os itens discutidos foram norteados pela cobrança da manutenção do Acordo Coletivo de Trabalho específico dos empregados. A proposta do banco será apresentada no dia 7, na sequência da esperada mesa de negociação entre a Fenaban com o Comando Nacional dos Bancários. No dia 8, os empregados participarão de assembleia para avaliação da contraproposta dos bancos.


PLR E PLR SOCIAL

Os empregados cobraram a garantia da PLR e da PLR Social. Queremos ampliar as conquistas e não restringir, por isso foi colocado em mesa um protesto em defesa da PLR e da PLR social. O banco não garantiu o direito mantendo a limitação imposta pelo governo.


SAÚDE CAIXA

A Caixa afirmou que irá aplicar a resolução 23 da CGPAR e não garantiu a manutenção do modelo Saúde Caixa, da forma que foi criado. Defendemos o Saúde Caixa no acordo coletivo no modelo que ele foi construído historicamente pelos empregados.


CONTRATAÇÕES E VEDAÇÃO DO DESCOMISSIONAMENTO DE GESTANTES

A CEE cobrou da Caixa o fim dos descomissionamentos de gestantes e a contratação de mais empregados. A situação de sobrecarga de trabalho nas agências é preocupante. O banco não apresentou proposta para ambas as reivindicações e indicou a possibilidade de contratar terceirizados para atividade fim.


BANCÁRIO TEMPORÁRIO

A revogação do RH 037 mais uma vez esteve em pauta na mesa de negociação, porém, mais uma vez, a resposta da Caixa foi negativa à reivindicação. O normativo, que passou por atualização em agosto de 2017 para se adequar à Lei da Terceirização, permite a contratação de trabalhadores temporários sem qualquer vínculo empregatício com o banco, por meio de empresas que fornecem mão de obra terceirizada, para a realização de tarefas de técnico bancário.


Os empregados também discutiram sobre a criação de um programa de tratamento para dependentes químicos. Foram apresentados todos os pontos discutidos no último Conecef, como: a defesa da Caixa 100% pública, Nenhum direito a menos e saúde e condições de trabalho sem respostas do banco.


A próxima reunião com o banco será no dia 7/8. Os empregados esperam que a proposta seja apresentada pela Caixa junto com a proposta da Fenaban, para serem avaliadas na assembleia, dia 8 de agosto.


“Os empregados estão mobilizados para vencer essa intransigência da Caixa e do Governo, que insistem em retirar direitos dos trabalhadores. Só a luta nos garante e agora é Todos Por Tudo!”

Marcos Saraiva, diretor do SEEB/CE e da Fenae

PLR e PLR Social ameaçadas


Está sendo preparado um verdadeiro golpe contra os empregados da Caixa. Por meio de decisão do Conselho de Administração, foi determinado que a PLR será limitada a 25% do valor pago ao Tesouro na forma de dividendos, que por sua vez representa 25% do lucro líquido do banco. Assim, o valor distribuído aos empregados seria limitado ao teto de 6,25% do lucro líquido do banco, o que acarretaria em um corte de mais da metade da PLR creditada aos trabalhadores.


O posicionamento do banco é baseado na última mudança do seu estatuto, feita em 2017 pelo Conselho de Administração. Para piorar, na negociação representantes da Caixa afirmaram que não está autorizado pelo governo o pagamento da PLR Social. A mobilização de todos é Tudo Por todos!