“Cine Holliúdy” – Filme tipicamente cearense será lançado em agosto

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Quem foi ao cinema nas últimas semanas, se deparou com o trailer de “Cine Holliúdy”, uma comédia cheia de expressões populares e trejeitos cearenses. A ideia do longa veio do curta “Cine Holliúdy – O Artista Contra o Cabra do Mal”, que brincava com personagens clássicos da Terra do Sol e homenageava os antigos cinemas de rua do interior.


Com o retorno positivo, o diretor Halder Gomes passou alguns anos reunindo recursos para produzir uma versão em longa-metragem daquela trama, exibida ano passado no Cine Ceará. Em agosto, o cineasta lança “Cine Holliúdy”, um filme tipicamente cearense.


O enredo é o mesmo do curta, expandido e tendo uma influência direta de filmes como “Bye Bye Brasil”, com a decadência dos cinemas fora dos grandes centros após a popularização da TV.


No interior cearense, em meados dos anos 1970, Francisgleydisson, interpretado por Edmilson Filho, é um pequeno exibidor que luta para manter sua sala aberta, a despeito da chegada das TVs. Após fracassar em uma cidade, ele e sua família se mudam para o município de Pacatuba, onde encontram uma plateia pitoresca para seus filmes.


Coração cearense – Em suas desventuras, o protagonista é sempre acompanhado por sua compreensiva esposa Maria das Graças, papel de Miriam Freeland, e o pequeno filho do casal, cujo espírito infantil o torna o perfeito companheiro para o herói. A interação do trio constitui o coração do filme, com os atores tendo uma ótima química e o público sentindo realmente o carinho entre eles.


O Francisgleydisson de Edmilson Filho representa o eterno e criativo sonhador, com sua paixão pelo cinema e sua família sendo os pilares que sustentam seu otimismo e bom humor inabaláveis. Já Freeland não deixa de representar Maria como uma mulher mais pé no chão que seu amado, mas que entende sua vontade em continuar a fazer o que ama.


Com estreia prevista para o dia 9 de agosto nos cinemas nacionais, “Cine Holliúdy” expõe bem a alma, o senso de humor e criatividade do povo cearense, mostrando um Halder Gomes bem mais solto, trabalhando sem as amarras dos produtores. Tecnicamente, é um filme que está longe de ser ideal, mas compensa seus problemas com um coração imenso.