Cobrança de metas é abusiva e causa doenças no funcionalismo do Banco do Brasil

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A cobrança das metas no Banco do Brasil está ocorrendo de forma abusiva sobre o funcionalismo. Como se não bastasse a pressão do dia-a-dia, alguns gestores estão utilizando-se de correios pessoais e até de mensagens de texto, enviadas de celulares, para exigirem o cumprimento das metas.

O Sindicato vem registrando aumento no número de reclamações e denúncias sobre assédio moral e má qualidade nas agências, o que torna preocupante a situação dos colegas que trabalham nesses locais. O Sindicato intensificará a fiscalização sobre as denúncias ocorridas nas agências do BB no Ceará.

A política do Sinergia consiste na chamada pirâmide da pressão: a direção exige a superação de metas das superintendências, que exigem dos gerentes das agências, que por sua vez cobram dos demais funcionários. Esse esquema vicioso estimula a concorrência interna, valoriza o individualismo e acaba com a solidariedade entre os funcionários.

Essa política de metas traz transtorno também à saúde dos funcionários, pois já há denúncias de trabalhadores com sérios problemas de insônia, pânico, alcoolismo e distúrbios mentais, pois só pensam nas vendas que necessitam fazer para tentar alcançar os pontos para o Sinergia.

O problema das metas não é só de Fortaleza, pois a política da direção do BB também atinge outras cidades do País. O Sindicato alerta os funcionários para que se mobilizem e acompanhem pelos veículos de comunicação da entidade (Tribuna Bancária e O Espelho/CE) os desdobramentos da campanha pelo fim do Sinergia. Entre as ações do Sindicato, destaca-se a reunião realizada na terça-feira, dia 2/5 para tratar desse assunto. A Comissão de Empresa também tratará do tema na reunião que manterá com a direção do BB dia 4/5, em Brasília.