Com bom humor, bancários lançam Campanha Nacional 2012 no Centro de Fortaleza

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De forma bem humorada, o Sindicato dos Bancários do Ceará fez o lançamento da Campanha Nacional dos Bancários 2012, no Centro de Fortaleza na manhã de quinta-feira, dia 9/8, desenvolvendo o tema “Chega de Truques, banqueiro!”. A manifestação começou com um ato público em frente ao Banco do Nordeste, na Praça Murilo Borges e seguiu em passeata pelas ruas centrais da Capital.


Uma trupe circense composta por mágicos, palhaços, pernas-de-pau, banda de música, faixas e cartazes fez a animação da caminhada pelas agências. Em plena passeata, os mágicos deram show com vários truques mirabolantes, mostrando como os banqueiros os usam para ludibriar bancários e clientes.


Os bancários em passeata percorreram as principais agências do Centro, tais como Banco do Nordeste, Bradesco, Santander, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Itaú e HSBC, fazendo a mobilização da categoria e mostrando à sociedade as manobras dos banqueiros.


O presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra ressaltou a necessidade do fortalecimento da mobilização da categoria e a conscientização dos clientes, da sociedade como um todo para a campanha salarial dos bancários deste ano.


“Como fazemos todos os anos, estamos sensibilizando a sociedade, demonstrando os truques dos banqueiros e as principais reivindicações dos bancários. Estamos preparados para a campanha deste ano, que promete ser mais difícil do que as anteriores, mas apostamos na mobilização da categoria, na capacidade de luta de cada um bancário, para avançarmos nas conquistas”, acrescentou.


“A expectativa é de os banqueiros usarão como desculpa a crise internacional para não atender as reivindicações da categoria. Mas os lucros continuam crescendo no Brasil e os ganhos acumulados não têm precedentes na economia. Mas, nós estamos preparados para o embate e temos certeza que os bancários do Ceará participarão ativamente da Campanha deste ano e fortalecerão a nossa unidade”, afirmou o diretor do Sindicato, Ribamar Pacheco.


Clécio Morse, também diretor do Sindicato, explica que fazer greve não é o objetivo, mas é um instrumento de pressão eficaz quando necessário. “Os sindicatos não buscam a greve. Eles são levados à greve. Nós queremos resolver os problemas na mesa de negociação, mas se os bancos se negarem nós usaremos nosso direito constitucional de greve”, afirma.

Principais reivindicações


• Reajuste salarial de 10,25% (5% de aumento real mais a inflação projetada de 5%);


• PLR maior – três salários mais uma parcela fixa de R$ 4.961,25;


• Piso maior – R$ 2.416,38 (salário mínimo definido pelo Dieese);


• Vales alimentação, refeição e auxílio-creche – R$ 622,00 cada;


• 13º vale-refeição e 14º salário;


• Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários;


• Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação;


• Emprego – ampliação das contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, além da aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe dispensa imotivada);


• Respeito à jornada de seis horas;


• Fim das metas abusivas e do assédio moral que levam a categoria ao adoecimento em níveis epidêmicos;


• Segurança nas agências e postos bancários


• Previdência complementar para todos os trabalhadores;


• Regulamentação da remuneração total (fixa e variável) para interferir na lógica de gestão dos bancos que cobram metas individuais;


• Igualdade de oportunidades;


• Efetivação de todos os caixas;


• Adiantamento de um salário no retorno das férias, com desconto feito em até 10 vezes sem juros, conforme já praticado por alguns bancos;


• Direito de optar pelo valor em dinheiro, para uso com combustível ou fretado, no lugar de vale-transporte;


• Redução dos juros e das tarifas.