Com manobra, Câmara aprova urgência da reforma trabalhista

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Mais uma vez de forma autoritária, a Câmara dos Deputados, sob a batuta do presidente Rodrigo Maia, atropelou o regimento interno da Casa e aprovou o regime de urgência para a Reforma Trabalhista (PL 6787/16), em nova votação realizada no dia 19/4. O resultado foi obtido com uma manobra política, denunciada pela oposição e chamada de “método Cunha” por desrespeitar as normas de funcionamento da Câmara ao repetir uma votação sobre a mesma questão em menos de 24h. Na noite de terça (18/4), o plenário havia rejeitado o regime de urgência por insuficiência de votos, pois o pedido obteve o apoio de 230 parlamentares, quando o necessário é 257. Nesta segunda votação, os golpistas conseguiram 287 votos a favor da urgência e 144 contra, aprovando a medida.


Com a aprovação do regime de urgência, não será possível pedir vista ou emendar a matéria na Comissão Especial que analisa o substitutivo do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN). agora, o substitutivo da Reforma Trabalhista, que é pior que o projeto original, poderá ser votado na Comissão Especial na terça-feira (25/4) e no plenário da Câmara no dia seguinte, 26.