A 3ª rodada de negociações da Campanha 2014 entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban foi concluída no dia 4/9, em São Paulo, sem que os bancos apresentassem qualquer proposta para as reivindicações da categoria sobre emprego e remuneração. As negociações prosseguem nas próximas quarta, 10/9 e quinta 11/9, com foco nas cláusulas econômicas, que inclui índice de reajuste e PLR.
Garantia de emprego – O Comando defendeu a pauta de reivindicações dos bancários, destacando sobre esse tema a garantia de emprego e o fim das demissões imotivadas, de acordo com os termos da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Os bancos alegaram que a Convenção Coletiva não é o instrumento adequado para impor tais restrições aos bancos, uma vez que se trata de políticas de cada instituição. Eles disseram que as demissões na categoria são “irrisórias e ajustes pontuais”, realizadas “com muita responsabilidade”.
Terceirização/correspondentes bancários – Os bancários reivindicaram o fim das terceirizações e da utilização dos correspondentes bancários em substituição às agências bancárias. Os negociadores da Fenaban argumentaram, no entanto, que a terceirização é parte estratégica da organização do negócio e defenderam a sua regulamentação de forma ampla e irrestrita.
Demissões – O Comando também apresentou à Fenaban a reivindicação de aumentar o valor da indenização adicional, já prevista na Convenção Coletiva nos casos de dispensas sem justa causa, como um mecanismo inibidor das demissões. Os bancos disseram que esse tema é de natureza econômica e darão retorno ao longo do processo de negociações.
PCS – O Comando iniciou a discussão sobre Planos de Cargos e Salários (PCS) em todos os bancos, que já existem nas instituições públicas. Os bancos não admitiram em hipótese alguma incluir a obrigatoriedade de um PCS na convenção coletiva e ainda descartou qualquer possibilidade de incorporar ganhos automáticos em decorrência de tempo de serviço.
Piso salarial – O Comando reivindicou o salário de ingresso de R$ 2.979,29 para escriturário, que corresponde ao salário mínimo calculado pelo Dieese. Para caixas e empregados de tesouraria, o piso seria de R$ 4.021,99; para primeiros comissionados, de R$ 5.064,73; e para primeiro gerente, R$ 6.703.31.
Os negociadores da Fenaban se comprometeram a apresentar uma proposta de piso durante o processo de negociações. Os bancos recusaram as reivindicações apresentadas, ficando apenas de dar resposta sobre a possibilidade de realizar um seminário para aprofundar conhecimentos para mudanças tecnológicas.
Calendário de negociações
8 Terceira rodada de negociação específica com a Caixa
8 Entrega da pauta específica de reivindicações ao BNDES
10 e 11 Quarta rodada de negociação com a Fenaban
12 Terceira rodada de negociação específica com o BB
12 Terceira rodada de negociação específica com o BNB
15 Quarta rodada de negociação específica com o BNB
16 Terceira rodada de negociação específica com o Banco da Amazônia