Comando entrega pauta e cobra ultratividade da CCT

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Aumento real, PLR maior, defesa da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para todos, manutenção dos direitos, dos empregos e que qualquer tipo de alteração na forma de contratação seja feita via negociação coletiva. Essas são algumas das prioridades dos bancários, indicadas na pauta de reivindicações entregue pelo Comando Nacional da categoria à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no dia 11/6. Ainda, o fim do assédio moral e defesa intransigente dos bancos públicos e da sua função social para o desenvolvimento do Brasil.


Ainda, cobrar dos bancos a assinatura de um pré-acordo de ultratividade, para que todos os direitos previstos na CCT continuem valendo até a assinatura de um novo acordo.


A primeira rodada de negociação da Campanha Nacional Unificada 2018 foi marcada para 28 de junho. Também foram entregues as pautas dos acordos aditivos do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste.


O país não cresce, mas o sistema financeiro tem lucros crescentes. Foram quase 34% nos lucros no ano passado, mais de 20% no primeiro trimestre deste ano. E isso só dos bancos representados na mesa de negociação – BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander.


Para o presidente da Fenaban, Murilo Portugal, a CCT dos bancários é um marco para o Brasil e toda a América Latina. “Concordo com vocês. Temos um processo de negociação nacional unificada muito amplo. É um processo complexo. E, infelizmente, as coisas que são difíceis de montar são fáceis de destruir. As regras são as mesmas para o Brasil e acho que isso é uma contribuição importante que o setor dá para reduzir a desigualdade que é tão grande no nosso Brasil”.


“A nossa intenção é negociar nossos acordos e que os banqueiros atendam as nossas reivindicações. Estamos dispostos a negociar, até porque os lucros dos cinco maiores bancos nesses três primeiros meses de 2018, já chegaram a R$ 20 bilhões e isso dá condições de atenderem as reivindicações da categoria bancária. Nosso foco também é a defesa dos empregos”
José Eduardo Marinho, presidente em exercício do SEEB/CE, integrante do Comando Nacional dos Bancários



PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES

• Aumento real para salários e demais verbas;


• Defesa da CCT, ameaçada pela nova lei trabalhista;


• Cláusulas garantindo que as novas modalidades de jornada e contratações da lei trabalhista só possam ser adotadas pelos bancos mediante negociação com o Comando Nacional dos Bancários;


• Manutenção das homologações nos sindicatos;


• Defesa dos empregos;


• Defesa dos bancos públicos;


• Manutenção da mesa única de negociação entre bancos públicos e privados;


• Defesa intransigente da democracia